DIG apreende mais de mil litros de cachaça adulterada

Bebida alcoólica era manejada em um ‘alambique’ improvisado. Há suspeita de que o produto contenha etanol e um homem de
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A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), de Presidente Prudente, apreendeu mais de mil litros de cachaça adulterada, que era modificada em um estábulo na zona rural de Regente Feijó (140 quilômetros de Marília). A ocorrência teve início por volta das 11h desta quarta-feira (18).

Segundo o delegado Pablo França, inicialmente a DIG recebeu a informação de um colaborador de que a cachaça era vendida em larga escala. “Os policiais fizeram campana durante três dias para verificar a denúncia da adulteração da suposta cachaça”, explica.

Ainda conforme o delegado, foi constatado que o local funcionava em “condições absurdas de higiene” e que a bebida alcoólica era manejada um ambiente com muita poeira, sujeira, insetos e até veneno. “Essa bebida acabava caindo no comércio formal e informal, não diretamente para o consumidor final. Ela é nefasta para a saúde, tanto que, se for comprovado que há mistura de álcool combustível, se torna crime hediondo, pois pode levar à morte”, ressalta França.

No momento da abordagem, havia apenas um idoso de 61 anos que, quando questionado, deu “respostas evasivas”, não informando quem era o seu fornecedor de cachaça, e sem apresentar notas fiscais. “Ele afirmou que a bebida era de boa qualidade, mas, quando pedi para ele beber, ele se negou, dizendo que faz mal à saúde”, relata o delegado.

França também diz que o acusado comprava garrafas PET, retirava o rótulo, lavava e colocava a cachaça modificada dentro. O novo rótulo e a tampa com lacre ele também colocava no local. No estábulo, havia tambores com a bebida adulterada, um “alambique” feito com caixa d’água, mangueira e coador de pano, açúcar e cana-de-açúcar. Também foi encontrada uma panela com melado de cana, onde dentro havia uma lagartixa morta. Na mesma mesa, estava ainda um frasco de veneno contra insetos.

No local, também foram localizadas uma arma de fogo de calibre 32 e 12 munições. O delegado salienta que, por enquanto, o idoso vai responder por crime contra as relações de consumo e posse irregular de arma de fogo. Juntos, os crimes podem gerar de três a oito anos de prisão.

A cachaça foi apreendida e ficará no depósito da Vigilância Sanitária de Regente Feijó aguardando determinação da Justiça para a destruição. A perícia foi acionada e a bebida passará por exames para verificar se há etanol em sua composição. “Se algum comprador suspeitar de que se trata da cachaça adulterada, pode entregar o material. A Vigilância Sanitária também vai vistoriar os estabelecimentos que comercializam bebidas alcoólicas em Presidente Prudente e Regente Feijó e também recolher o material suspeito”, salienta o delegado.

O idoso será ouvido na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Presidente Prudente e depois transferido para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Caiuá.

iFronteira

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