Dilma diz que corrupção na Petrobras deveria ter sido apurada nos anos 90

Presidente afirmou que irregularidades poderiam ter sido estancadas antes.
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A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (20), no Palácio do Planalto, que se os atos de corrupção na Petrobras tivessem sido investigados já na década de 1990, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, o esquema criminoso que atuou na estatal nos últimos anos não teria se propagado.

Sem citar nomes, a chefe do Executivo se referiu ao depoimento do executivo da Toyo Setal Augusto Mendonça à Justiça Federal do Paraná. Um dos delatores da Operação Lava Jato, Mendonça relatou em juízo que o "clube" de empreiteiras que dividia entre si obras da estatal passou a combinar resultados de licitações desde meados da década de 1990, quando o país era governado por FHC.

Mendonça, no entanto, contou à Justiça que o cartel passou a ter efetividade a partir de 2004, segundo ano do governo Luis Inácio Lula da Silva (2003-2010).

De acordo com o executivo da Toyo Setal, foi neste momento que as construtoras passaram a negociar com os ex-diretores da estatal Paulo Roberto Costa e Renato Duque – ambos investigados pela Lava Jato – e começou a ocorrer cobrança de propina para que as empresas obtivessem contratos.

Segundo FHC, Dilma deveria "fazer um exame de consciência" e admitir que "foi descuidada ao não recusar a compra da refinaria de Pasadena"

"A Excelentíssima Presidente da Republica deveria ter mais cuidado e, em vez tentar encobrir suas responsabilidades jogando-as em mim, que nada tenho a ver com o caso, fazer um exame de consciência", diz a nota.

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