O anúncio da morte cerebral de um jovem de 15 anos, em Assis (a 75 km de Marília), associado à decisão da família da vítima em doar seus órgãos, disparou uma verdadeira "operação de guerra" que mobilizou mais de 20 profissionais, entre cirurgiões e enfermeiros, que foram à cidade para realizar o procedimento de retirada.
Coração foi levado de jatinho para a capital.
Médicos de três hospitais de São Paulo chegaram à Santa Casa de Assis por volta das 13h. A partir deste momento, teve início uma corrida contra o tempo no centro cirúrgico do hospital para retirar os órgãos do rapaz que estava internado na UTI desde domingo.
Ele era passageiro de uma moto que no domingo (27) atingiu um barranco na Rodovia Miguel Jubran, em Assis. A morte cerebral foi confirmada na madrugada desta terça e a família decidiu pela doação dos órgãos.
A cirurgia para retirar os órgãos durou pouco mais de três horas. Foram retirados os rins, fígado e o coração. Às 16h20, os médicos saíram do centro cirúrgico e imediatamente seguiram para o aeroporto.
Segundo os médicos, o coração foi levado para a capital, onde um paciente já estava aguardando, enquanto que os rins foram trazidos para Marília e o fígado para Botucatu.
SALVAR VIDAS - Para os familiares que sofreram com a perda de um jovem de 15 anos, a decisão foi tomada com o objetivo de ajudar outras famílias.
Tio do rapaz diz que decisão "foi para salvar vidas".
"A gente se reuniu, conversou e decidimos pela doação. Como já tínhamos perdido nosso parente, resolvemos salvar vidas e esperamos que os transplantados tenham longos anos de vida com os órgãos do meu sobrinho", disse Valdir Martins, tio do rapaz. Com informações G-1
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