Um dos donos de uma autoescola e um instrutor foram presos em flagrante pela Polícia Civil em Garça acusados de cometer fraude ao registrarem no sistema do Detran aulas que não estavam sendo aplicadas. Os dois podem ser condenados a até 12 anos. O caso pode envolver mais pessoas.

Após suspeitas de irregularidades, integrantes do Detran estiveram na autoescola, localizada na avenida Labieno da Costa Machado, se passando por pessoas interessadas em fazer matrícula. Mas, na verdade a equipe estava utilizando um dispositivo eletrônico que consegue acessar, em tempo real, todo o histórico daquela empresa, ou seja, os dados que estavam sendo enviados ao órgão estadual de trânsito.

Flagrantes de irregularidades

A primeira irregularidade foi de uma aula prática de moto, que deveria estar sendo aplicada no momento da fiscalização do Detran, todavia o veículo estava estacionado em frente à autoescola. Posteriormente, surgiu uma moça que deveria estar finalizando uma aula, mas também não estava em instrução.

Diante dessa situação, um dos proprietários e o instrutor foram e levados à Delegacia de Garça.

Pelas provas levantadas, o delegado Adriano Marreiro, titular do Setor de Investigações Gerais (SIG), determinou que fosse elaborada a prisão em flagrante, com base no artigo 313-A do Código Penal (crime de inserção de dados falsos em sistemas de informação, também conhecido como peculato digital), cuja pena varia de dois a 12 anos de prisão, sem direito a fiança.

Nesta quarta-feira eles devem passar por audiência de custódia. Segundo o delegado Adriano Marreiro, existe a possibilidade de que mais pessoas estejam envolvidas, inclusive alunos. Por isso, as investigações prosseguem. Informações: Garça em Foco