Ela deixou as dietas malucas, começou a correr, cortou o açúcar e perdeu 32 kg

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Rafa Arlotta passou anos tomando medicamento para emagrecer e decidiu ter um estilo de vida mais saudável após a filha nascer. Ela se apaixonou pela corrida e transformou sua vida com ajuda do esporte.

Thamires Andrade

Colaboração para o VivaBem

26/07/2018 04h00

Rafa Arlotta passou anos tomando medicamento para emagrecer e decidiu ter um estilo de vida mais saudável após a filha nascer. Ela se apaixonou pela corrida e transformou sua vida com ajuda do esporte. Veja como:

"Sempre briguei com a balança. Minha mãe se alimentava muito bem, só que acabei puxando para a família do meu pai, que é toda gordinha. Fiz várias dietas malucas: da sopa à proteína, mas sofria com o efeito sanfona. Emagrecia um pouco e depois voltava a engordar novamente. Resolvi tomar medicamentos para emagrecer e quando conheci meu marido estava muito magra. 

Não comia praticamente nada nessa época e suspendi a medicação, pois queria viver em paz. Engordei muito e quando marcamos a data do casamento não conseguia emagrecer por nada.

Casei obesa e logo depois resolvi ir a um médico para colocar um balão intragástrico, que limita a quantidade de comida ingerida. Fiquei com ele por seis meses e emagreci 12 kg.

O problema é que isso não mudou minha cabeça. Eu conseguia ingerir uma xícara de alimento e, em vez de optar por algo saudável, escolhia brigadeiro.

Retirei o balão e voltei a engordar. Logo depois engravidei. Estava com 70 kg, muito acima do peso para uma pessoa de 1,50 m de altura. Relaxei ainda mais, não fazia atividade física e comia tudo que queria. Engordei mais 17 kg só na gestação. Cheguei aos 84 kg e achava muito estranho a pessoa que via no espelho. Não conseguia me relacionar direito com meu marido, não tinha roupas que entrassem no meu corpo e comecei a mudar minha personalidade. Fiquei mal-humorada, irritada, me privava de sair de casa e ainda dava desculpas falando que não iria por causa da minha filha.

A primeira coisa que fiz foi ir ao endocrinologista para fazer um check-up. Não tinha nenhum problema hormonal e ele pediu para eu anotar em um diário tudo que eu comesse e bebesse. Foi assim que eu percebi que estava viciada em doces.

Todas as refeições eu comia alguma 'sobremesinha'. Eliminei o doce do cardápio, além dos refrigerantes e a farinha branca. Procurei uma nutricionista, que me incentivou a ler sobre alimentação saudável e estudar os alimentos.

Odiava comer legumes e verduras e era fã dos congelados e processados. A nutricionista me orientou a buscar novas formas de preparar os alimentos e isso me motivou a experimentar várias coisas que não gostava. 

Também contei muito com a ajuda do meu marido, que gosta de cozinhar e me ajudou a testar as receitas. As mudanças na alimentação me incentivaram e a busca por um estilo de vida saudável me estimularam a incorporar os exercícios na minha rotina. Comecei caminhando com a minha filha no carrinho. Depois, como trabalho em casa, precisei encontrar uma babá para conseguir treinar. Passei a correr duas vezes por semana. 

Nem era por muito tempo, intercalava trote com caminhada, mas segui em frente.

Minha dica é não pensar no peso, e sim nos ganhos para saúde. Sempre penso que é um comprimido a menos que tomarei na velhice. A mudança de consciência de que precisava ganhar saúde para ver minha filha casar e ter filhos fez toda a diferença para ter disposição. Para mim, a melhor coisa que fiz foi começar a correr ao ar livre em vez de treinar presa em uma academia. A corrida sempre foi minha paixão. Adoro o desafio e a superação.

Minha motivação era todo treino correr um pouco mais do que no outro. Um dia resolvi completar uma volta na Lagoa Rodrigo de Freitas, que tem 7,4 km. Foi uma sensação de vitória incrível conseguir cumprir o desafio. 

Terminei com desejo de progredir cada vez mais. Imagem: Arquivo pessoal Até os 10 km evolui bem sozinha, mas depois procurei um treinador. Comecei a participar de corridas de 12 km, 16 km. Saia de uma prova já pensando qual seria a próxima.

Coloquei a meia maratona como meta e depois uma maratona (42,195 km). O desafio exige um nível de dedicação muito grande. Contei muito com o apoio do meu marido, que me ajudou bastante nos cuidados com a nossa filha.

Treinar para os 42 km me ajudou a ter uma evolução muito grande, pois exigiu um grau de comprometimento com o treino e a alimentação ainda maior. Fiquei sem beber álcool e sair à noite, mas confesso que amei participar de de longa distância. Não é fácil conciliar os treinos e a dieta com as tarefas do dia a dia: trabalho, cuidados com a filha, com a casa... Mas nada é impossível quando a gente quer chegar a um objetivo. Ao todo, emagreci 32 kg quatro anos. Sendo 10 kg logo no início e o restante mais aos poucos. Com a corrida e a musculação, notei uma troca da gordura pela massa muscular e hoje me sinto disposta e feliz com o meu corpo.

 

 

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