Rapaz disse que foi a saída para justificar falta. Ele foi liberado após o registro do boletim de ocorrência

Um estudante universitário foi detido pela Polícia Militar na manhã deste sábado (24), após não pagar uma conta e pedir para ser preso. Ele havia faltado na faculdade e, para não perder uma bolsa de estudos, acreditou que a prisão justificaria sua ausência. Após a elaboração do boletim de ocorrência, ele foi liberado para responder ao processo em liberdade.

Segundo informações dos policiais militares, por volta das 7h, foram acionados junto ao posto de combustíveis Marília Flex, localizado na Avenida Tiradentes, pois o estudante universitário de 25 anos não havia efetuado o pagamento de sua conta e solicitava a presença de uma viatura para ser preso. Uma viatura foi destacada para o atendimento do caso e foi confirmada a informação inicial.

De acordo com o cabo Soares, o estudante afirmou que queria ser preso, para justificar a ausência na faculdade. Ele teria consumido produtos na loja de conveniência do posto de combustíveis e logo em seguida, afirmado que não possuía dinheiro. E em seguida fez um pedido curioso: ser preso e foi encaminhado para o Plantão Policial.

EXPLICAÇÃO - “Ele contou que pensou em consumir os produtos, pois não tinha dinheiro para pagar. Informou que tinha um compromisso na faculdade e não poderia faltar, decidindo chamar a viatura para justificar a ausência e não perdesse a bolsa. Foi a primeira vez que vejo alguém cometendo um delito para ser preso, chamando a viatura em seguida. Foi uma abordagem super tranquila e só faltou ele abrir a porta da viatura para ser levado ao Plantão”, disse o Cabo Soares.

Cursando o 2º semestre do curso de Direito, o estudante, que reside numa cidade da região, teria se atrasado para a aula, sendo então marcada uma falta. Para minimizar o seu problema, teve a ideia de cometer um delito e ser preso. Após o registro do boletim de ocorrência, foi liberado.

PERDER A BOLSA - Em entrevista ao portal Visão Notícias.com o estudante confirmou a versão que havia passado aos policiais militares. “Eu vim para cá porque não posso perder minha bolsa. Se perder ela, tenho que pagar R$ 900,00 por mês e não tenho esse dinheiro. A única forma que encontrei foi justificando a minha falta. Na faculdade eles não aceitam atraso e eu sou de (...), não sou de Marília”, disse o rapaz.