Estudo elucida mecanismo que torna bactérias mais resistentes a antibióticos

bactérias mudam radicalmente seu modo de vida e formam uma grande colônia
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A formação do biofilme bacteriano é um dos maiores problemas nas infecções. Isso ocorre quando, respondendo a uma condição ambiental adversa (excesso de temperatura, falta de nutrientes, alteração de pH, presença de antibióticos etc.), as bactérias mudam radicalmente seu modo de vida: deixam de se comportar como seres unicelulares, nadando livremente no meio, e formam uma grande colônia, com os indivíduos aderindo a uma superfície, ligando-se uns aos outros e produzindo uma matriz extracelular protetora, composta principalmente por açúcares.

Esse biofilme, que tende a crescer, é extremamente resistente a antibióticos, aumenta a toxicidade dos patógenos e leva a infecção a um estágio crônico. Por isso, a compreensão do mecanismo que faz as bactérias transitarem do modo livre e nadante para o modo de biofilme constitui um tema atualíssimo da microbiologia. Uma grande quantidade de pesquisa foi direcionada ao tema ao longo da última década.

Um estudo realizado por uma colaboração internacional de especialistas, sob a coordenação do brasileiro Marcos Vicente de Albuquerque Salles Navarro, acaba de dar importante contribuição para a elucidação desse mecanismo. Navarro é professor do Departamento de Física e Ciência Interdisciplinar do Instituto de Física de São Carlos, da Universidade de São Paulo. E recebeu auxílio da FAPESP, na modalidade Apoio a Jovens Pesquisadores, com a pesquisa “Estudos estruturais e funcionais de proteínas envolvidas em vias de sinalização celular mediadas por c-di-GMP”.

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