É o que conclui Polícia Civil e MP. Ele ainda foi derrotado nas urnas
A tentativa de homicídio cometida em 18 de outubro do ano passado contra José Aprígio (Podemos), então prefeito de Taboão da Serra, na Grande São Paulo, foi forjada, segundo conclusão da Polícia Civil e o Ministério Público (MP). Um dos homens envolvidos no planejamento do falso ataque foi preso e outro está foragido.
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O disparo de fuzil atingiu o vidro lateral onde viajava o ex-prefeito.
Aprígio havia sido baleado e ferido no ombro esquerdo por um tiro de fuzil disparado de um outro veículo, perfurando o carro blindado do político e os executores fugiram.
No entanto, a conclusão das investigações apontou que houve uma simulação para dar a impressão de que o prefeito sofreu um atentado, o que nunca ocorreu.
Muitos envolvidos...
Pelo menos nove pessoas, sendo três secretários de Aprígio à época, estão envolvidos diretamente no falso ataque a tiros contra o político, segundo a polícia e o MP.
O próprio Aprígio é investigado por suspeita de participar do plano. Segundo a investigação, o objetivo da simulação era o fazer com que Aprígio sensibilizasse os eleitores para votarem nele e assim, conseguir a reeleição.
Vídeos gravados pela comitiva de Aprígio o mostravam sangrando no carro. Depois postou o prefeito falando no hospital. Todas as imagens foram postadas nas redes sociais do político e acabaram viralizando.
Mesmo assim, Aprígio não conseguiu se reeleger e perdeu a disputa para Daniel, que venceu a eleição para prefeito de Taboão.
Eles ainda tiveram a ajuda de um sobrinho do prefeito, que já havia sido investigado pela polícia em Alagoas por ter forjado um ataque contra si mesmo em 2020.
De acordo com as autoridades, os secretários de Aprígio fizeram contato com dois homens para que contratassem os atiradores para executarem o plano.
Um deles foi preso nesta segunda-feira pela polícia durante a "Operação Fato Oculto" enquanto que o outro está foragido. Os criminosos contratados também já foram identificados.
Eles usaram um fuzil AK-47, comprado por R$ 85 mil e que ainda não foi apreendido. Cada um recebeu R$ 500 mil para simular o ataque.
Nega envolvimento - A defesa de José Aprígio, declarou que o ex-prefeito é vítima no caso em questão. Segundo o advogado, Aprígio foi alvo do atentado e a quantia apreendida em sua residência está devidamente declarada no imposto de renda, reforçando que o ex-prefeito sempre teve uma conduta lícita.
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