"Meu gabinete vai ser aberto como era na época do gabinete do prefeito Camarinha. Vou estar lá atendendo a população. Estou a disposição do que for preciso". A afirmação é da candidata a vereadora, Fabiana Camarinha, ao falar sobre as suas propostas de campanha.

Em entrevista ao Visão Notícias, observa que seu trabalho, como vereadora, estará voltado à temas como saúde da mulher, educação de qualidade e saúde mental. Ela fala sobre cada um desses temas, dos problemas que Marília enfrenta, bem como a repercussão de sua primeira candidatura a um cargo político.

Quem é Fabiana Camarinha?

Nascida no Bairro Alto Cafezal, zona oeste da cidade, Fabiana Camarinha é filha de um pai militar e mãe professora aposentada. Formada há 20 anos em Serviço Social, trabalhou na APAE (como assistente social) e na unidade 2 da Casa do Pequeno Cidadão. É casada há cerca de 20 anos com o ex-prefeito e ex-deputado Abelardo Camarinha, mãe Gabriel, hoje com 13 anos.

Confira a entrevista:

O que levou você a ser candidata a vereadora?

Devido a gente estar assistindo tanto descaso em Marília, em todas as áreas, como na educação, na saúde, no social. Eu, como Assistente Social, trabalhei na Casa do Pequeno Cidadão. Fico triste em ver que esse projeto não existe mais. É um projeto feito pelo prefeito Camarinha na época para tirar as crianças das ruas.

Hoje não temos mais as casas do pequeno cidadão que protegiam nossas crianças, que davam a tranquilidade para as mães que trabalhavam o dia todo. Elas trabalhavam tranquilas porque sabia que seus filhos estavam. Se não estavam na escola, estavam na Casa do Pequeno Cidadão, recebendo todo apoio que uma criança precisa comida, reforço escolar e coral, dança, educação física e hoje não temos mais esse projeto.

Então é algo que a gente quer resgatar, é algo que eu quero resgatar. O Camarinha também vai me ajudar nisso, para a gente trazer de volta e devolver esse presente para Marília e para as mães e também a Legião Mirim.



A gente quer resgatar nessa área social. A minha luta vai ser por isso, resgatar as Casas do Pequeno Cidadão e resgatar a Legião Mirim que dava a oportunidade ao jovem do primeiro emprego. Também não temos mais. O prédio continua na Zona Norte, uma estrutura enorme, só que não funciona, né?

Como está sendo sua experiência como candidata a vereadora pela primeira vez?

Olha, eu vou falar para você tá sendo muito bacana. Onde eu vou, as pessoas me abraçam, falam 'nossa, eu queria te conhecer'. Me encontram na rua e falam 'vai lá na minha loja, vai lá, o pessoal quer conhecer' Está muito assim. Aceitação tá ótima.

Quais são as suas principais propostas?

Minhas propostas são na área social, que é o resgate, como disse do Pequeno Cidadão, Legião Mirim. É ajudar as entidades que precisam, que estão passando por necessidades em Marília, porque não tem ajuda do setor público.

Também na parte da saúde da mulher. É uma área que eu quero atuar, porque hoje a mulher, para fazer exames de prevenção, enfrenta filas de um ano e meio há dois anos, exames simples, como uma mamografia que descobre o câncer de mama, porque a atual administração não prioriza a saúde da mulher, não tem mamógrafo. Tem só um aparelho e antigo, daqueles que até machucam a mulher. Por isso essas filas.

É preciso estar comprando novos aparelhos. Buscar verba para poder fazer isso para que a mulher seja atendida. Quando descobre um nódulo você já tem que fazer a mamografia, não pode ficar um ano e meio esperando.

Quando eu levantei essa bandeira, eu recebi muitas mensagens de mulheres que estão na fila, de mulheres que ligavam chorando, falando 'eu tenho filho pequeno, eu preciso fazer o exame'. De mulheres que falaram que tiveram de reunir a família para poder pagar o exame, porque, com filho pequeno, entra em desespero. Ficam descobrir que tem nódulo e ficar um ano na fila?

Exames simples de prevenção, como um Papanicolau que descobre o câncer de colo de útero é a mesma coisa. Então, nessa parte da saúde da mulher, eu vou estar lutando, trabalhando para que as mulheres tenham acesso fácil a exames de prevenção.

Você citou a saúde mental...

A saúde mental em Marília, infelizmente, está deixando muito a desejar. Hoje qualquer pessoa que precisar de um psicólogo ou psiquiatra tem filas de quase cinco anos de espera. Por isso que Marília está nessa situação aí, de primeiro lugar em casos de suicídio do Estado de São Paulo, Marília, capital do suicídio.

Então eu quero, junto com o Vinícius Camarinha, trabalhar para contratação de mais médicos, psicólogos, psiquiatras, fazer um mutirão da psicologia para acabar com as filas.

Depois vem a contratação de mais médicos para que dê continuidade, né? Que não volte a ter essas filas, porque quando descobre a depressão, quando a pessoa entra em depressão, já tem que ter o médico, já tem que ter o remédio, não pode ficar em filas esperando cinco anos, por isso esses casos aí enormes de suicídio.

Existem outras áreas que pretende atuar?

O meu gabinete vai ser aberto como era na época do gabinete do prefeito Camarinha. Vou estar lá atendendo a população para o que elas precisarem. Se chegar lá a mãe de autistas com alguma proposta, vamos atrás, vamos ver o que vocês precisam.

Se for em outra área de esporte, mesmo que não seja minha área, vou atrás. Vou procurar saber, entender e ver o que precisa fazer. Estou à disposição do que for preciso.

Qual a sua mensagem aos eleitores?

Mensagem que eles tenham esperança que nós vamos tirar Marília dessa nuvem negra que aí está, como 'Capital do suicídio'. Marília vai voltar a ser capital do emprego, Capital Nacional do Alimento, Capital da Educação, como era. Vamos ter esperança que, se Deus quiser, Marília vai voltar a crescer. Marília vai voltar a sorrir como era antes.

Vídeo com Fabiana Camarinha: