Fábrica de extintores demite 20% após fim da obrigatoriedade

Associação dos produtores diz que foi pega 'de surpresa' com medida.
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Começou a valer a resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) que torna facultativo o uso de extintores de incêndio em carros, caminhonetes, camionetas e triciclos de cabine fechadas. Com a nova legislação, quem produz extintores já está tomando medidas para adequar a produção a redução da demanda.

A associação dos fabricantes de extintores (Abiex) ainda não consegue estimar a queda nas vendas, mas já afirmou que parte dos 10 mil trabalhadores envolvidos na cadeia produtiva perderá o emprego.

É o caso da empresa Mocelin, do Paraná. "Estamos tentando enxugar ao máximo a produção. Já foram 25 demitidos, mas certamente terão mais", disse Francielly Peretto, gerente administrativa da empresa, que antes da medida contava com 130 funcionários.

A empresa também havia investido em modernização da linha e expansão. "Quando a lei saiu, em 2009, apostamos que a produção cresceria. Aumentamos a fábrica e compramos maquinário novo", contou.

Agora, com estoque alto (a empresa não forneceu números), há o risco de perder lotes de extintores.

"Se não vendermos tudo até o fim do ano, e acredito que não venderemos, vamos ter que jogar tudo fora", completou.

De acordo com o Contran, a Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA) informou que dos 2 milhões de sinistros em veículos cobertos por seguros, 800 tiveram incêndio como causa. Desse total, apenas 24 informaram que usaram o extintor, equivalente a 3%.

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