Aeroportos receberão os turistas com tapumes nas áreas externas
Barulho, poeira, vaivém de operários, tapumes e mais tapumes. Esse foi o cenário encontrado nesta segunda-feira (2), a dez dias do início da Copa, em visita aos aeroportos das cidades-sede. Os casos mais emblemáticos estão em Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte, e em Manaus.
A Infraero reconhece que algumas das obras nesses dois aeroportos, e no do Recife, só ficarão prontas depois do Mundial. Durante a Copa, os trabalhos serão interrompidos para atenuar o desconforto aos passageiros.
A Infraero informou que toda a sinalização de Confins será refeita para o Mundial e que as obras da praça de alimentação estão a cargo dos concessionários.
A estatal atribui o atraso em Fortaleza a problemas com o consórcio. O governo de Pernambuco diz que concluirá a passarela até sexta (6).
A chegada no aeroporto mineiro já é uma aventura. Do estacionamento coberto ao terminal, o passageiro anda por calçadas empoeiradas e cercadas de obras. O trajeto, descoberto, vira um lamaçal em dias de chuvas. No terminal, os passageiros convivem com barulho, poeira, andaimes, cheiro de cola, madeira e ferro no chão. A praça de alimentação também não foi concluída.
Manaus: o aeroporto local, ampliado, segue em meio a uma série de reformas de última hora. Quem chega se depara com operários, andaimes e até uma máquina no saguão. Do lado de fora, o cenário é pior. O aeroporto é cercado por canteiros das obras dos novos estacionamentos, onde estão concentrados dezenas de caminhões, tratores e operários.
Porto Alegre: a obra do anexo ao terminal principal ainda está em estágio inicial e deve ser concluído apenas em 2016.
Fortaleza: há vigas e estruturas de concreto à mostra, e tapumes não conseguem esconder a reforma paralisada do terminal de passageiros. Um terminal provisório foi erguido para compensar esse atraso durante a Copa.
Salvador: o aeroporto receberá os turistas com pelo menos 200 metros de tapumes na área externa. As estruturas cercam pilastras do terminal cujas obras de recuperação foram paralisadas.
Curitiba: enquanto a estrutura definitiva não fica pronta, plataformas de embarque e desembarque foram feitas de lona plástica, armação metálica e madeira.
Guarulhos: foram encerradas, mas o recém-inaugurado terminal 3 opera com apenas 25% da capacidade, o que sobrecarrega as alas antigas.
Na capital pernambucana, a passarela que liga o aeroporto à estação de metrô ainda não está pronta. Na parte interna, além da poeira, uma placa na entrada do elevador indica um guichê para pagamento de estacionamento que não existe.
O aeroporto de Brasília está com as obras prontas. Uma ala, porém, depende de homologação da Anac (agência de aviação civil).
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