Família de paciente denuncia "novela" de cirurgia

Só nesta semana foram três adiamentos. HC diz que não foi responsável.
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A dona de casa Lucídia Apolinário da Cruz, de 56 anos, está vivendo mais um fim de semana com o mesmo drama dos últimos dois anos: na fila para realizar uma cirurgia de prótese no quadril que deveria ser realizada no Hospital das Clínicas em Marília. Só nesta semana, foram três cancelamentos, sendo que a última revoltou a família: ela já teria recebido anestesia quando o médico decidiu suspender o procedimento, alegando falta de instrumentos adequados e enxerto de pele. A direção do HC nega e diz que responsabilidade é do profissional médico.

Centro cirúrgico onde dona Lucídia deveria realizar a cirurgia

A filha de dona Lucídia, a auxiliar de cozinha Fernanda Ângela da Silva, procurou a reportagem do portal Visão Notícias.com para denunciar o problema. Ela informou que já fez uma denúncia na ouvidoria da Faculdade de Medicina de Marília (responsável pelo HC). Ela explica que sua mãe precisa realizar essa cirurgia devido a degeneração dos ossos.

Em novembro do ano passado surgiu uma esperança de realizar a implantação da prótese, mas houve o primeiro cancelamento.

Na semana passada, a direção do ambulatório Mário Covas comunicou que havia sido remarcada para segunda-feira e, por isso, ela foi internada no domingo. Houve novo cancelamento e também na quinta e na sexta-feira.

"Minha mãe já tinha tomado até anestesia quando apareceu o médico, dr. João Carlos e nos disse que teria que suspender a cirurgia porque faltavam instrumentos e enxerto", relatou Fernanda.

Ela disse desconhecer o nome completo do médico, sabendo apenas que ele atua como ortopedista no Mário Covas. Uma nova data ainda não foi marcada.

OUTRO LADO - A assessoria de imprensa do HC negou que o adiamento tenha sido de responsabilidade do hospital e que a Comissão de Ética está sendo acionada para avaliar o caso. Eis a nota:

"A Diretoria Técnica do Hospital das Clínicas de Marília informa que a cirurgia não foi realizada devido a questões técnicas envolvendo o especialista e equipe. Não houve qualquer solicitação de equipamentos e material à Direção. A Instituição fornece aquilo que o especialista solicita para a realização do procedimento. O especialista não realizou a cirurgia, assumindo a responsabilidade pelo cancelamento.

Todos os profissionais envolvidos no procedimento serão ouvidos. A Comissão de Ética será acionada. A Ouvidoria do Complexo Assistencial Famema também acompanhará o caso".

PROCURA - O portal Visão Notícias.com tentou localizar o ortopedista João Carlos junto ao Ambulatório Mário Covas. Mas, devido ao horário, não havia mais nenhum funcionário no setor de atendimento.

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