A empresa invadida por mais de 1 mil mulheres sem-terra em Itapetininga na última quinta-feira (5), teve um mutirão de pintura realizado por funcionários e familiares neste sábado (7). No local são feitas pesquisas transgênicas de eucalipto, o que, segundo o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), teria motivado a invasão e tentativa de destruição de uma pesquisa de 14 anos.Mais de 200 pessoas, entre funcionários e familiares, pintaram paredes pichadas pelo grupo.
Na sexta-feira (6), funcionários já limparam as estufas onde ficam as mudas destruídas pelas manifestantes. A empresa volta a funcionar normalmente nesta segunda-feira (9).
Em entrevista, o secretário estadual de Agricultura, Arnaldo Jardim, repudiou a ação cometida pelo MST, comparando a ataques terroristas. “Acho que essas pessoas devem ser comparadas àquilo que o Estado Islâmico tem feito no Oriente, quando destruíram estátuas e lembranças de 2,5 mil anos. Uns tentam sepultar a história, e outros tentam impedir o futuro. Quem destrói o passado, como o Estado Islâmico, ou quem busca comprometer o futuro, faz o mesmo trabalho. Querem simplesmente que as coisas permaneçam como estão”, critica.
O MST, em nota, justificou o ataque alegando que o plantio em escala do eucalipto transgênico pode causar sérios impactos ambientais e sociais, já que contaminaria a produção de mel brasileira, e necessitaria de mais água e agrotóxico se comparado com a espécie natural.
Fonte: G1
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