Nem mesmo a goleada do Palmeiras sobre o Melgar por 4 a 0, em Arequipa, e a classificação antecipada às oitavas de final da Copa Libertadores acalmou os ânimos no clube. Felipão não escondeu a insatisfação e chamou de "palhaços" os torcedores do time que ficaram xingando jogadores reservas que faziam uma atividade física depois do confronto. O treinador chegou a ameaçar deixar o clube por conta da situação e disse que a diretoria nem precisaria pagar qualquer multa rescisória.
"Aconteceu que deve ter uns quatro ou cinco que não tem noção do que dizem aos jogadores. Gritando algumas bobagens. Se querem gritar bobagem, ter um culpado, achem a mim. Sou eu que escalo os jogadores. Se não estão contentes, vão lá e peçam para a direção do Palmeiras: 'Nós não estamos contentes e queremos que o Felipe vá embora'. Vou embora amanhã. Acabou o assunto", argumentou o treinador.
Ainda na entrevista coletiva de imprensa, Felipão pediu para que esse grupo que está criticando o trabalho pelo menos se identifique. Em um momento de desabafo, o pentacampeão mundial e campeão brasileiro há pouco mais de cinco meses pelo Palmeiras disse que não teria problema em ir embora e até abriria mão de qualquer indenização pelo rompimento do contrato.
Os protestos começaram de forma mais ostensiva depois da queda na semifinal do Campeonato Paulista para o São Paulo, nos pênaltis. Após a eliminação, os muros do clube amanheceram pichados com pedidos de saída do atacante colombiano Miguel Borja e de Leila Pereira, dona da Crefisa, a patrocinadora do Palmeiras.
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