'Fui escolhido para ser denunciado'

O peemedebista ainda disse "achar estranho" o fato de a denúncia ter sido publicada no mesmo dia em que houve manifestações contra ele nas ruas.
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O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), recebeu no fim da tarde de quinta-feira (20),  as 85 páginas da denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Após uma reunião com integrantes do seu grupo político no gabinete da presidência da Casa, o deputado divulgou uma nota na qual afirmou que é inocente e voltou a acusar o governo federal de estar por trás das investigações e da acusação formal apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

"Como eu já disse, fui escolhido para ser investigado e, agora, ao que parece, estou também sendo escolhido para ser denunciado, e ainda, figurando como o primeiro da lista", disse Cunha, alegando que recebeu a denúncia com serenidade e alívio porque "agora o assunto passa para o Poder Judiciário".

"Não participei e não participo de qualquer acordão e certamente com o desenrolar, assistiremos à comprovação da atuação do governo, que já propôs a recondução do procurador, na tentativa de calar e retaliar a minha atuação política."

O peemedebista afirmou também que considera "muito estranho não ter ainda nenhuma denúncia contra membro do PT ou do governo, detentor de foro privilegiado". "À evidência de que essa série de escândalos foi patrocinada pelo PT e seu governo, não seria possível retirar do colo deles e tampouco colocar no colo de quem sempre contestou o PT os inúmeros ilícitos praticados na Petrobras".

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