Os ex-funcionários da empresa Circular de Marília, antiga concessionária do transporte coletivo de Marília, realizaram nesta tarde uma manifestação em frente à Justiça do Trabalho para obter uma posição sobre o processo que envolve a dívida trabalhista de mais de R$ 4 milhões com mais de 700 ex-empregados. Na audiência nesta tarde, a Justiça e a direção da empresa apresentaram uma proposta de acordo: valor de R$ 6 milhões (a partir de janeiro, em seis parcelas) para uma dívida que está hoje entre 9 e 10 milhões de reais.
De acordo com a advogada do Sindicato dos Motoristas de Marília, Adriana Ferrari, hoje houve um "protocolo de intenções", mas sem uma formalização da proposta. Segundo ela, isso deve ocorrer dentro de até 90 dias que é o prazo para julgamento do recurso de arrematação da garagem da empresa.
Matéria atualizada às 18h35
Caso o acordo seja assinado, somente depois de junho/2016 (quando for feita o último depósito de R$ 1 milhão) é que a Justiça começará a emitir guias de retirada do valor depositado. Além disso, será necessário chegar ao valor do crédito que cada funcionário terá, com base no acordo (a previsão é de um desconto entre 35 a 40% sobre o valor devido pela Circular).
A advogada informou que inicialmente essa proposta vale apenas para os funcionários ligados ao Sindicato (seriam cerca de 550 do total de 700 empregados da empresa).
PROTESTOS
Com cartazes e nariz "de palhaço", eles cobram agilidade no recebimento dos acertos trabalhistas. A empresa não pagou a totalidade das verbas rescisórias dos motoristas, cobradores e mecânicos que foram dispensados da empresa. Alguns dos ex-funcionários deixaram de atuar na Circular em maio de 2013, outros tiveram o contrato rescindido quatro meses depois, em setembro. Dos ex-funcionários, pelo menos 12 já faleceram.
Manifestação dos funcionários: estão há quase dois anos e meio aguardando acerto salarial.
A empresa pagou até agora R$ 400 mil em acordos, um montante considerado baixo para o valor total da dívida. Segundo os funcionários, a classe só recebeu, por meio de processo judicial, o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e o seguro-desemprego.
De acordo com o advogado da ex-concessionária Circular, Thiago Aurichio Esposito, os processos estão em fase de execução. Os bens da empresa já foram penhorados e só esperam por arrematação. Um imóvel localizado na avenida Brasil já foi arrematado. O valor está depositado, judicialmente, na 2ª Vara do Trabalho de Marília. Agora é necessário que os advogados dos ex-funcionários entre em contato para levantar o valor do juízo e habilitar o crédito.
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