O menino Raphael dos Santos, diagnosticado com paralisia cerebral e que conseguiu deixar a cadeira de rodas após começar a praticar aulas de surfe, passou a ter um novo meio de transporte. Ele ganhou uma bicicleta adaptada totalmente personalizada para as necessidades dele.
Com a bicicleta, ele passeia pelo bairro, vai à escola e ao mercado. O movimento que Raphael faz com as pernas ajuda o desenvolvimento e também dá a oportunidade dele sentir a alegria de ser criança e de ter um pouco de independência.
Durante uma das aulas da escola pública de surfe em Santos, no litoral de São Paulo, um empresário conheceu Raphael e quis ajudar dando um presente de Natal. Raphael disse que queria ganhar uma bicicleta e o empresário, que prefere não ser identificado, foi em busca do sonho do menino.
No fim de dezembro, Raphael recebeu o presente tão desejado. “Quando chegou a bicicleta, ele já foi para a rua. Não queria jantar. Eu entrei em casa quase 2h, com ele andando para cima e para baixo. Quando foi no outro dia, ele estava de novo na bicicleta”, conta a mãe do menino.
A bicicleta passou a fazer parte da rotina de Raphael. Fabiana, vendo a desenvoltura do filho, não pensou duas vezes em trocar a cadeira de rodas, que o menino ainda usava algumas vezes, pela nova bicicleta.
História de Raphael
Raphael foi diagnosticado com paralisia cerebral com poucos anos de vida. A mãe do menino passou a levá-lo à Casa da Esperança para receber tratamento específico.
O garoto foi crescendo, mas não conseguia andar nem falar, só engatinhava e ficava sentado. Aos 9 anos, Raphael passou por uma cirurgia nas pernas e ficou em uma cadeira de rodas.
Mesmo com medo, a mãe resolveu levar o menino para a Escola Radical, em Santos, a primeira pública de surfe no país.
No primeiro dia de aula, Raphael não saía da cadeira de rodas. A intenção era fazer com que o garoto soltasse mais as pernas e também sentisse a liberdade de uma vida em meio à natureza.
Depois de uma semana de surfe, as pernas de Raphael começaram a dobrar novamente e ele voltou a engatinhar. Após 8 meses de aulas, a mãe conta que ele estava em pé e deu oito passos.
Para a mãe do garoto, o esporte foi responsável pela melhora dele. Ela acredita que o esporte, principalmente o surfe, realmente pode mudar vidas.
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