Os funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos estão em greve e, com isso, milhares de entregas diárias podem ser afetadas com atrasos também em Marília e região. Para não ser surpreendido pelos juros e multas decorrentes disso, o consumidor que recebe boletos e contas por meio da estatal deve entrar em contato com a empresa credora e solicitar outra forma de fazer o pagamento.
Apesar das empresas prestadoras de serviço serem obrigadas a disponibilizar formas alternativas de pagamento, o consumidor que não conseguir pagar a conta de outra forma não poderá ter multas cobradas. Pelo menos é o que diz a advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) Livia Cattaruzzi.
“O consumidor precisa fazer um planejamento das contas. Se o boleto não chegou, deve entrar em contato com o Serviço de Atendimento (SAC) da empresa. (Só) Se esta não disponibilizar alternativas, multas não podem ser cobradas”, afirma ela.
Entre as alternativas para quitar o débito, ela cita a segunda via do boleto, sem os juros, a entrega da cobrança por e-mail ou fax, depósito bancário ou código de barra para pagamento em caixa eletrônico. Segundo o Idec, quem for cobrado por multas indevidas pode acionar o Procon.
Atraso
A paralisação dos Correios já chega a 19 regiões. A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Serviços Postais (Fentect) informou que os funcionários reivindicam 12% de reajuste salarial, mais um complemento de R$ 200, a não alteração do plano de saúde, realização de concurso para a contratação de 17 mil novos funcionários e melhorias na segurança das agências da estatal.
Segundo os Correios, o reajuste médio dos empregados da empresa no período 2011-2014 foi de 36%, para uma inflação de 27,3% no mesmo período. Além disso, os carteiros recebem vale-alimentação e mais uma cesta básica de R$ 1 mil mensais, adicionais de atividade, plano de saúde, auxílios-creche e babá, bolsas de estudo e vale-cultura.
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