A Prefeitura só pretende negociar um novo índice de reajuste salarial (além dos de 4,5% já aprovado pela Câmara) para o próximo ano e vai mesmo descontar os dias parados dos servidores que não retornaram ao serviço após o dia 29 de maio. Os servidores farão uma assembleia nesta quinta, às 9h, no Espaço Cultural, para avaliar a reunião e decidir pela continuidade ou não da greve que completou hoje 28 dias.
Este foi o resultado da reunião ocorrida no final da tarde, no Gabinete do Paço Municipal (2º andar) envolvendo secretários municipais ligados a área (Administração, Financeira e Jurídica), diretores do Sindicato dos Servidores e comissão de grevistas, sem a participação do prefeito Vinicius.
O presidente do Sindimmar, Mauro Cirino, disse ao portal Visão Notícias.com que houve um retrocesso em relação às reuniões anteriores. Tanto que no encontro com o deputado estadual Abelardo Camarinha, sábado passado, um dos pontos acertados era de que os dias parados não seriam descontados (Camarinha iria levar a proposta ao filho, prefeito Vinicius).
"Os servidores até já estavam aceitando a hipótese de negociar um índice a mais de reajuste numa próxima etapa, mas descontar os dias parados foi surpresa. É um retrocesso", afirmou Mauro Cirino. Ele informou que provavelmente nesta quinta a greve será levada ao Tribunal de Justiça (espécie de "dissídio coletivo", já que envolve servidores) numa nova tentativa de negociação.
POSIÇÃO DA PREFEITURA - Em nota distribuída há pouco, a assessoria de imprensa da Prefeitura deu a posição do Executivo sobre a reunião:
"A Prefeitura de Marília informa que apresentou à comissão do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais proposta frente à greve iniciada no dia 14 de maio:
- Será formada uma comissão da Prefeitura e Sindicato para análise de um índice municipal de reajuste para o próximo ano.
- Serão descontados em folha de pagamento os dias parados dos servidores que permanecem em greve. Para aqueles que retornaram ao trabalho até 29 de maio, os dias parados poderão ser descontados em banco de horas ou compensação de trabalho.
- Está mantido o reajuste de 4,5% já aprovado pela Câmara Municipal e pago aos servidores. Índice possível da Prefeitura de Marília nesse momento de crise econômica por qual passa o país."
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