Ele já causou um enorme prejuízo às vítimas
Acostumado a praticar o mesmo tipo de crime dezenas de vezes, causando enorme prejuízo às vítimas, um homem foi preso novamente pela polícia acusado de um delito muito comum em toda a região: furtar fios de cobre.
O caso ocorreu neste domingo em Tupã. De acordo com a Delegada da DIG, Milena Davoli, ele vinha sendo monitorado há alguns meses, mesmo porque era um "velho conhecido" dos meios policiais. Após mais uma denúncia, de que estaria com uma mochila nas mãos, os investigadores foram até à casa dele.
"Churrasco" de cobre
No local, viram fumaça saindo do imóvel e sentiram o cheiro de plástico queimado. Ele estava usando a churrasqueira da casa para separar o cobre que é vendido aos receptadores.
O homem confessou que havia furtado a fiação de um imóvel nas proximidades do estádio municipal. Ele foi preso em flagrante e permaneceu à disposição da justiça. A operação contou com equipes da DIG, DDM e da Delegacia de Polícia de Quatá. A polícia procura agora os receptadores, ou seja, pessoas que compram os fios furtados. Com informações João Mário Trentini.
Por que furtam fios de cobre?
O furto de fios de cobre se tornou uma espécie de fenômeno é nacional. O cobre é um metal nobre e excelente condutor de energia elétrica. Dessa forma, os criminosos fazem o furto para extrair esse material para revendê-lo. Eles queimam a fiação e extraem o cobre.
Antes da pandemia, era revendido a R$ 17 o quilo. Passou para R$ 40, o quilo, durante a pandemia. Em alguns locais podendo chegar a aproximadamente a R$ 50 o quilo.
Depois de receptado em ferros-velhos, o cobre vai para fundições, onde é transformado em grânulos, para facilitar o transporte. Em alguns casos, vira matéria-prima para peças feitas em metalúrgicas. Em outros, volta a virar fio, só que revendido no Exterior. Muitas vezes, retorna ao Brasil como matéria-prima para eletrônicos ou objetos de metal.
Empresas de telefonia também são vítimas desses criminosos. Tanto que estão migrando o cabo de cobre para cabos de fibra ótica, que não tem valor para esse tipo de furto.
Hoje a pena é de até quatro anos de prisão. A Federação Nacional de Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de Informática (Feninfra) defende uma pena maior, podendo chegar a oito anos, para casos envolvendo cabos de cobre e equipamentos de telecomunicações.
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