Um homem identificado como o caminhoneiro Edson Fernando Crippa, de 45 anos, deixou um rastro de sangue no Rio Grande do Sul antes de ser encontrado morto. Ele matou o próprio pai, o irmão, um policial militar e deixou outros sete policiais feridos na troca de tiros, além de balear a mãe e a cunhada.

A tragédia aconteceu em Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre. O homem fez os pais e demais familiares reféns volta das 23h dessa terça-feira (22). No transcorrer da ocorrência, abriu fogo matando três e ferindo outras nove pessoas. Depois, foi encontrado morto no interior da casa. 

Como foi...

A PM informou que o pai do atirador entrou em contato com o serviço de emergência (190) relatando maus tratos por parte do filho que mantinha a família em cárcere provado.

Uma guarnição foi despachada para o endereço e, pouco tempo depois, o atirador iniciou os disparos – contra a própria família e contra os policiais que atendiam a ocorrência.

Outras viaturas foram deslocadas para o local. O homem permaneceu todo o tempo dentro da residência.

No início desta manhã, depois de a brigada militar verificar que estava caído no interior da casa, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) fez uma varredura no local e autorizou o acesso de uma equipe do Samu. Neste momento, a morte do atirador foi constatada.

De acordo com o comando da Polícia Militar de Novo Hamburgo, houve tentativa de negociação e conversa com Edson Crippa, incluindo contato telefônico, mas ele só respondia com disparos. Quatro armas estavam registradas no nome dele.

Vítimas fatais e feridos

Morreram no local Eugênio Crippa, de 74 anos (pai do atirador), Everton Crippa, 49 anos (irmão) e o policial militar Everton Kirsch Júnior, de 31 anos. De acordo com a Brigada Municipal, o PM estava na corporação desde 2018. Recentemente, se tornou pai, deixando o filho de 45 dias e a esposa.

A mãe e a cunhada do atirador estão internadas em estado grave. Entre os policiais baleados, um deles foi atingido por três disparos e passou por cirurgia.