Há pouco mais de dois meses, o nome do funcionário público Vamberto Luiz de Castro, de 64 anos, ganhou as manchetes por ele ter sido curado de um câncer terminal graças a um tratamento inédito na América Latina. Neste mês, porém, o homem sofreu um acidente em casa, teve traumatismo craniano e não resistiu. Sua morte não teve relação com o câncer.
De acordo com a Polícia Civil de Belo Horizonte (MG), o corpo de Vamberto deu entrada no Instituto Médico Legal (IML) no dia 11. Somente após o laudo do exame de necropsia será possível saber se há ou não indícios de violência na morte. O laudo fica pronto em até 30 dias.
A família do servidor público não se pronunciou até o momento sobre a morte.
Tratamento: Vamberto foi o primeiro paciente a ser tratado na América Latina a partir de uma inovadora técnica criada nos Estados Unidos conhecida como CART-Cell. O método consiste em reprogramar células do sistema imunológico do próprio paciente para que elas combatam as células tumorais em desenvolvimento no corpo.
Vamberto deu entrada em 9 de setembro de 2019 no Hospital das Clínicas em Ribeirão Preto com muitas dores, perda de peso e dificuldades para andar. Seu câncer, localizado no sistema linfático, era considerado terminal, pois já havia se espalhado para os ossos.
Antes da internação, o homem tinha sido tratado com radioterapia e quimioterapia, sem obter progressos. “A expectativa de sobrevida desse paciente era menor do que um ano. Para casos como esse, no Brasil, normalmente restam apenas os cuidados paliativos”, contou, à época, o médico Renato Cunha, um dos pesquisadores que participou da equipe que assistiu Vamberto.
Ele teve alta em outubro após apresentar uma melhora considerada cura.
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