Homem em embalagem de batata nega racismo

"Ouvi dizer que a internet não gostou muito da ideia. Mas o que eu posso fazer com o que o pessoal comenta? Eles estão totalmente enganados."
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Um sabor exótico da batata Ruffles está gerando polêmica nas redes sociais: a empresa de salgadinhos foi massivamente acusada de racismo por ter estampado um homem negro na versão "feijoada", após uma promoção. Por sua vez, o microempreendedor Reginaldo Moraes, de 44 anos, que teve a ideia e emprestou seu rosto para o produto, não vê nada além do próprio mérito na embalagem da batata.

Ele se surpreendeu com a reação das pessoas e não entende como o produto poderia soar racista: "Ouvi dizer que a internet não gostou muito da ideia. Mas o que eu posso fazer com o que o pessoal comenta? Eles estão totalmente enganados." Reginaldo explica que esteve envolvido na criação do produto desde o início, quando cadastrou sua criação no site da promoção.

A promoção lhe deu liberdade para escolher vários detalhes do produto. "Eu que criei o sabor. Depois de fazer o cadastro, também fui eu que escolhi a cor preta do pacote. A empresa só mudou o nome, que eu tinha escolhido "feijoada tradicional". Eles escolheram "Feijuuuca" por uma questão de marketing."

O sabor feijoada foi finalista da promoção "Faça-me um sabor" da Ruffles, junto com os sabores burrito e calabresa, que foi o vencedor. Os três foram produzidos e colocados a venda após passarem por várias fases do concurso, que intercalavam votação popular e uma comissão julgadora. As autoras dos outros dois sabores também estamparam os produtos.

O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) recebeu denúncias contra o produto desde 2016. Reginaldo lembra que quando a promoção ainda não tinha chegado em sua fase final, internautas comentavam "por que colocaram este neguinho?" nas páginas do concurso. Contanto, assim como o autor da ideia, o relator do Conar Conselheiro Antonio Jesus Cosenza arquivou o processo e ainda disse: “Está na hora de deixarmos os exageros de lado e praticarmos o bom senso na avaliação do comportamento que envolver preconceito”.

Fonte: Extra

 

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