Ele se passou por socorrista e deu entrevistas ao vivo nas TVs
Um homem conseguiu roubar a cena e espalhar alguns boatos durante a cobertura do acidente com o candidato à presidência Eduardo Campos. Vestindo um macacão azul semelhante a um uniforme de socorrista, identificado como estivador, ele afirmou em entrevista ao repórter José Roberto Burnier, da TV Globo, que havia ajudado no resgate das vítimas, tendo visto, inclusive, o corpo de Campos.
“Vi vários corpos espalhados. Inclusive, um dos corpos era realmente o do candidato Eduardo Campos. Eu cheguei a ver, eu abri olho dele verde, azul, eu não acreditei, fique estarrecido”, disse ele, abalado.
Deu o mesmo depoimento à repórter Eleonora Paschoal, da Band: “Eu vi o corpo do candidato Eduardo Campos e é uma cena que eu jamais vou esquecer em toda a minha vida”.
Pouco tempo depois, chegaram informações oficiais de que os corpos estavam dilacerados e só poderiam ser identificados por meio de exame da arcada dentária e DNA. Também não houve a explosão no ar que ele vira.
PEGADINHA - O homem que enganou meio mundo se chama Donizete Machado Junior, é ex-boxeador profissional, atualmente estivador e seu apelido é Maguila. Vive em São Vicente. Não é estreante na mídia. Em abril deste ano, foi notícia com grande repercussão.
Após ser demitido da maior empresa portuária de Santos, a Santos Brasil, ele convocou a imprensa, por orientação do Sindicato dos Estivadores, para declarar que fora vítima de homofobia. Donizete teria tentado colocar seu companheiro como beneficiário do plano de saúde da firma.
Depois de um sumiço, Donizete reapareceu ontem na página “Vivendo em Santos” do Facebook, que dá notícias da cidade. Escreveu o seguinte:
“Bom dia. Meu nome é Donizete Junior. Estou nessa conta de um amigo porque a minha foi bloqueada. Acontece que eu sou do caso da queda do avião em Santos, que deu entrevista no calor da emoção sem pensar nas consequências. Errei, sim, nas sem pensar nas consequências das minhas burras palavras. Estou sendo ameaçado e já até sofri agressões de minha família também. A culpa foi totalmente minha, com minha boca e compulsão inconsequente”. Informações: O Essencial.
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