Funcionários do complexo Famema (incluindo o HC e hospital Materno Infantil) poderão cruzar os braços.
Os trabalhadores da saúde de Marília que trabalham no complexo da FAMEMA – Faculdade de Medicina de Marília, decidiram em assembleia realizada pelo Sindicato da Saúde de Campinas e Região – Sinsaúde – subsede Marília, no último dia 1º desse mês, que a partir da 6 horas da manhã de segunda feira (7) a categoria cruzará os braços. Eles reivindicam melhores salários. Nossa reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da FAMEMA, mas não conseguimos contato via celulares.
Os trabalhadores querem 20% de reajuste salarial, melhores condições de trabalho, aumento do vale refeição de R$8 para R$18, licença maternidade de 120 para 180 dias, além do retorno da cesta básica.
Segundo presidente do Sinsaúde Marília Aristeu Carriel, os trabalhadores da saúde buscam 20% de reajuste devido à desvalorização dos salários. “Nesses 20% estão às perdas inflacionárias apuradas pelo INPC/IBGE dos últimos 12 meses, aumento real, o aumento do custo de vida que muito é maior que a inflação e a perda de mercado, índice esse preparado pelos nossos economistas e pelo DIEESE”, explicou o presidente.
Aristeu explicou ainda, que desde o ano anterior o sindicato pediu para o setor patronal repor o salário até a data base para não haver greve. “Informamos no ano anterior que caso os salários não fossem reajustados até a data base da categoria, a indicativa de greve seria 7 de julho. Mesmo assim no mês de abril avisamos novamente e chegamos ao fim do mês da data base que é junho, sem nenhuma proposta”.
“Infelizmente vamos precisar ir para greve, porque não temos proposta alguma para recompor os salários, nem para as condições de trabalho” desabafou o presidente Aristeu Carriel.
Aristeu Carriel (foto/esquerda) disse ainda que a categoria busca reconquistar a cesta básica que foi retirada pelo setor patronal. “A cesta básica serve para complementar o salário, para a família do trabalhador. Prometeram que assim que melhorasse as condições da instituição devolveriam a cesta básica, mas uma vez enganaram os trabalhadores e até hoje estamos sem cesta básica”.
“Vamos cumprir a lei de greve e atender a urgência e emergência com um revezamento de trabalhadores. A população pode ficar tranquila porque tivemos 45 dias de greve no ano anterior e não deixamos de atender esses casos. Apenas as cirurgias letivas e o atendimento de rotina deveram ir para outros hospitais”, explicou o presidente do Sinsaúde – Marília.
Para o presidente Aristeu Carriel essa greve não é só dos trabalhadores da saúde, mas também da população por buscar reajuste salarial e melhoria nas condições de trabalho e atendimento. “Os trabalhadores estão preocupados quanto ao atendimento da população, e a necessidade da população, não temos condições de trabalho, falta insumos, equipamentos e funcionários. Tudo isso, está colocando em risco o profissionalismo do trabalhador e em risco o atendimento com qualidade da população. O que os trabalhadores querem, são boas condições de trabalho para que possam dar um atendimento à população com qualidade, inclusive também repor os seus salários. Se deixarmos, os trabalhadores irão ficar muito tempo sem reposição salarial”, afirmou.
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