Sunita ordenou que matem e crucifiquem os terroristas do ISIS
Al Azhar, uma das instituições do Islã sunita mais renomadas, ordenou nesta quarta-feira, 4 que "matem, crucifiquem e amputem mãos e pés dos terroristas do Estado Islâmico", depois da execução do piloto jordaniano queimado vivo pelo grupo jihadista.
O EI, que age na Síria e no Iraque, divulgou na véspera um vídeo mostrando a execução do piloto de guerra jordaniano, capturado em dezembro passado e queimado vivo dentro de uma jaula.
O grande imã da Al Azhar, xeque Ahmed al Tayeb "condenou com firmeza este ato terrorista covarde, que precisa do castigo previsto pelo Corão para estes agressores corruptos que combatem Alá e seu profeta: a morte, a crucificação e a amputação de mãos e pés", afirma o comunicado da Al Azhar publicado na noite de terça-feira.
A Jordânia confirmou a morte do refém, segundo veiculado pela TV estatal. Ela teria ocorrido há um mês, no dia 3 de janeiro. Familiares do piloto disseram à Reuters que foram informados de sua morte pelo chefe das forças armadas da Jordânia. Imagens do que seria um vídeo divulgado pelo EI, com o refém dentro de uma grade e um rastro de fogo, circulam pela web. A autenticidade do vídeo foi confirmada.
ENTENDA: Muath al-Kasaesbeh foi capturado pelos militantes radicais na Síria, após a queda de seu avião durante uma operação da coalizão internacional no leste do país em dezembro.
A coalizão, que é liderada pelos Estados Unidos, bombardeia alvos do grupo na Síria e no Iraque.
Após a divulgação do vídeo, o Exército da Jordânia soltou um comunicado em que afirma que a morte do piloto jordaniano Muath al-Kasaesbeh, morto pelo grupo Estado Islâmico será vingada.
"A vingança será tão grande quanto a calamidade que atingiu a Jordânia", afirmou o porta-voz do Exército Mamdouh al Ameri no comunicado.
Nesta quarta, o país informou que a jihadista iraquiana presa no país, Sajida al Rishawi, foi executada por enforcamento. Além dela, outro preso acusado de terrorismo foi executado da mesma forma.
A soltura dela chegou a ser negociada com o Estado Islâmico em troca da libertação de al-Kasaesbeh.
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