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Ao cruzar a linha com destino a zona oeste da cidade já se pode avistar o marco histórico que registra a dinâmica presença da comunidade portuguesa em terras marilienses. Não sem antes lembrar dos pioneiros Pereira e Pereirinha, cujos nomes e busto estão eternizados na Praça Saturnino de Brito, pioneiros das Terras do Alto Cafezal e princípio de tudo que Marília é hoje.
A Casa de Portugal instalada na Av. Ipiranga, 125 tem ali a materialização de um sonho de muitos portugueses que se uniram para ancorar todo o amor que ainda guardam pela terra mãe. Vitor Violante, um dos membros desta comunidade nos contou que o projeto surgiu em 1993 a partir de uma rifa feita entre eles para comprar um antigo hotel que ocupava a grande área central.

O edifício da Casa de Portugal foi erguido com o mesmo estilo das edificações portuguesas, lembra um castelo à beira mar com os típicos recortes no alto dos muros.
Na calçada de petit pavet banca que cobre toda a extensão das instalações, observa-se as várias imagens da Cruz de Malta que nos passam a mensagem: aqui é Terra de Portugueses, seja bem-vindo.
Depois de construída a Casa de Portugal se deu o início da comercialização do futuro condomínio residencial.
A idéia atraiu a atenção de famílias portuguesas radicadas em Marília que teriam ali uma espécie de reduto, valorizando a cultura, as tradições e amizades duradouras e toda a alegria e o orgulho de ser um Português.
O prédio leva o imponente nome de Edifício Sagres, homenagem a instituição fundada pelo infante Dom Henrique, no século XV, com o fim de estimular as navegações portuguesas.
Uma tradição que se mantém ate hoje é o jogo do palito que antecede o cafezinho na esquina. Eles se reúnem todos os dias e impreterivelmente às 9h30 começa o jogo com palitos de caixa de fósforo.
Na adivinhação de quantos palitos estão ocultos na mão fechada do oponente, quem acerta tira um, e assim vai até que ao retirar os três tentos do jogo ele se salva. O último a ficar com palitos é quem paga o café. Como bons portugueses isto é uma rotina quase que religiosa e os mantém unidos como gostam de ser.
Outra referência da presença dos portugueses em Marília são as serrarias que proviam as madeiras para as primeiras edificações populares também a instalação do requintado restaurante Atlântico no alto do edifício Marília.
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* Ivan Evangelista Jr, pesquisador e membro da Comissão de Registros Históricos de Marília
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