Justiça pronuncia 4 acusados de crueldade na zona Norte
Quatro homens acusados de matar, com crueldade um rapaz de 21 anos (teve a face desfigurada e o pênis decepado) irão à Juri Popular. Corpo da vítima foi achado numa erosão. Motivo: vingança.
A Justiça de Marília pronunciou quatro réus ao Tribunal do Júri, acusados de serem responsáveis pelo assassinato, com requintes de crueldade, do desempregado Willian Lopes Andrade, de 21 anos, em setembro do ano passado, no bairro César de Almeida, zona Norte da cidade. A vítima teve a face desfigurada, o crânio esmagado, vários dentes quebrados e o pênis decepado.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, no dia 20 de setembro de 2013, durante a madrugada, Juliano Aparecido Dias,( 21 anos); Alexandre Jorge Júnior (26 anos); Luís Carlos Domingos da Silva (25 anos) e Wesley do Nascimento Crispim (24 anos), encontraram a vítima e iniciaram uma discussão. Andrade teria supostamente cortejado uma irmã casada de Júnior, cujo marido se encontrava atrás das grades.
Movidos pelo torpe sentimento de vingança, eles acusaram Andrade de ser "talarico" e o levaram até as proximidades de um campo de futebol, no cruzamento da Rua Thomaz Alcalde com a Rua Ângelo Mazeto, a cerca de 50 metros da casa de Crispim, onde passaram a agredi-lo de maneira cruel, com o uso de caibros e blocos de concreto, desferindo diversos e repetidos golpes, provocando sofrimento atroz e desnecessário.
VIOLÊNCIA - De acordo com a denúncia da promotoria, em razão dos inúmeros golpes efetuados pelos denunciados, a vítima teve a face desfigurada, o crânio esmagado e vários dentes quebrados. Não contentes, com o uso de uma faca, degolaram Andrade com um corte profundo na lateral de seu pescoço. Eles também deceparam o pênis do desempregado e em seguida, os quatro teriam arrastado o corpo da vítima, que foi arremessado de um barranco.
Peritos fazem levantamento do local do crime. Violência chocou moradores vizinhos.
Uma correntinha prateada, que estava no pescoço da vítima, foi encontrado 11 dias depois do assassinato, na residência de Crispim. Os policiais civis cumpriam um mandado de prisão e localizaram o objeto, reconhecido como sendo de Andrade, no quarto do denunciado.
Dias, Silva e Crispim negaram qualquer envolvimento com o homicídio, sendo que apenas Alexandre Jorge Júnior confessou ter participado do crime. Ele alegou que estava ingerindo bebida alcoólica com a vítima e fazendo uso de entorpecentes, quando começaram a discutir e brigar. Teria praticado o crime por legítima defesa. O juiz da 1a Vara Criminal de Marília, Angel Tomas Castroviejo, entendeu que deveriam ser avaliadas as qualificadoras de motivo torpe e meio cruel.
Como Alexandre Jorge Júnior, que confessou o homicídio, possuía condenação por roubo, revelando forte inclinação para a prática de infrações, sua custódia foi mantida e ele não poderá recorrer solto desta decisão. Juliano Aparecido Dias, Luís Carlos Domingos da Silva e Wesley do Nascimento Crispim, como eram réus primários, foram liberados e tiveram os alvarás de soltura expedidos pelo magistrado.
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