Justiça Eleitoral impede que prefeito eleito seja diplomado

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Acusação envolve até eleitores de Marília

O juiz eleitoral de Garça, Felipe Guinsani, concedeu uma tutela de urgência impedindo a diplomação do prefeito eleito do município de Fernão (a 60 km de Marília), Éber Rogério Assis (o Bill); do seu vice, Luiz Alfredo Leardini (Fredo), bem como do vereador eleito, Daniel Ferratto. Eles e também a presidente do partido Podemos, Ester Farias de Oliveira Leardini, são acusados de abuso de poder político, conforme ação movida pelo Ministério Público Eleitoral. Bill foi eleito em Fernão com diferença de apenas um voto.

Segundo a denúncia, o esquema teria envolvido a transferência considerada fraudulenta de 61 eleitores, dos quais 53 eleitores participaram do pleito do dia 6 de outubro.

O Ministério Público destaca que as ações tiveram influência direta dos acusados, o que teria alterado o resultado eleitoral em um município com apenas 1.754 eleitores aptos a votar. Pelo resultado, Éber Rogério Assis obteve 522 votos (34,68 %) contra 521 votos do segundo colocado, Zé Fodra (34,62 %).

Depoimentos de eleitores

Uma das testemunhas ouvidas afirmou ter sido abordada diretamente pelo prefeito eleito que teria lhe oferecido um emprego em troca da transferência de seu título eleitoral para o município. O Ministério Público também teria colhido provas envolvendo eleitores que declararam residência em Fernão, mas vivem em outras cidades, como Marília, Bauru e Ribeirão Preto.

A ação segue em andamento, com os investigados tendo prazo para apresentarem suas defesas. O prefeito eleito publicou nesta quarta-feira, em suas redes sociais, uma nota oficial afirmando que considera as acusações "infundadas e injustas". Com informações: Garça em Foco.

Confira a nota:

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