A força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) na Lava Jato informou nesta sexta-feira, 19, que "as constantes alegações feitas por advogados de réus, de suposto abuso de prisões, são absolutamente infundadas".
"Dentre as 179 pessoas já acusadas por crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, 64 inclusive já condenadas, apenas 15 permanecem presas preventivamente, representando apenas 8,3% dos denunciados", destacam os procuradores da República que integram a força-tarefa da Lava Jato.
Eles também esclarecem que dos 15 presos preventivamente, somente 5 ainda não foram condenados criminalmente. "Estes dados indicam que, num dos maiores e mais graves casos de corrupção da história brasileira, as prisões antes da condenação foram usadas de modo parcimonioso e excepcional."
De acordo com a força-tarefa, as colaborações "derivam, sim, da abundância das provas, cuidado com que o caso foi conduzido para evitar margem a nulidades, celeridade da tramitação por ser um caso prioritário e perspectiva de condenação a penas sérias diante das gravidades dos crimes".
Conforme os procuradores, a prisão preventiva foi reservada apenas para casos em que a restrição de liberdade "foi e é indispensável para proteger a sociedade ao longo do processo, de modo justificado, em decisões que analisaram todas as particularidades do caso e que já foram submetidas à revisão de três tribunais".
"Praticamente todos os réus que estão presos tiveram a decisão de prisão reanalisada por tribunais e mantida. Em apenas um dos casos a defesa não entrou com habeas corpus para rever a prisão, ou não se identificaram habeas corpus em pesquisa nos tribunais.
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