É uma doença grave,de difícil diagnóstico e fácil transmissão, tanto para o cão quanto para o homem.

A morte de um rapaz de 25 anos esta semana em Marília, vítima de lehsmaniose, mostra o quanto é preocupante essa doença.

A vitima, que trabalhava em uma granja de Bastos, foi internada no último dia 14, no Hospital das Clínicas de Marília, mas como seu quadro de saúde já era muito grave não resistiu e faleceu na segunda-feira.

A Profª Dra. Claudia Bonini, Mestre em Sanidade Animal e Doutora em Medicina Veterinária Preventiva, dá orientações à população de como prevenir essa doença.

A Leishmaniose Visceral Canina, é uma doença grave, de curso lento e crônico, de difícil diagnóstico e fácil transmissão, tanto para o cão quanto para o homem. É causada pelo protozoário Leishmania, e transmitido através da picada de insetos infectados.

O cão é considerado o principal reservatório da doença no meio urbano, mas não o único, já que animais silvestres e mesmo o homem também podem atuar como reservatórios.

Como meu cão pode se infectar com a Leishmaniose Visceral Canina?

A Leishmaniose é transmitida ao cão pela picada de um flebotomíneo (mosquito palha, birigui ou cangalhinha), infectado.

Diferentemente de outros insetos, o mosquito não necessita de água parada para o desenvolvimento de suas formas larvárias, dificultando o seu controle e favorecendo a transmissão da doença.

Após a picada, o protozoário atinge a circulação sanguínea do cão e invade as células, iniciando sua replicação.

A partir do momento em que o cão possui a Leishmania  em sua corrente sanguínea, passa a ser fonte de infecção para os mosquitos que, por sua vez, podem infectar outros cães e os seres humanos.

Quais são os sintomas que um cão com Leishmaniose Visceral pode apresentar?

Os sintomas são bastante variáveis, sendo comum o aparecimento de lesões de pele acompanhadas de descamações e, eventualmente, feridas abertas, perda de peso, lesões oculares, perda muscular e, em alguns casos, crescimento exagerado das unhas.

Em um estágio mais avançado, há o comprometimento do fígado, baço e rins, podendo levar o animal à morte.

Devido à variedade e à falta de sintomas específicos, o Médico Veterinário é o único profissional habilitado a fazer um diagnóstico preciso da doença.

Como a Leishmaniose Visceral Canina pode ser prevenida?

As medidas de controle da enfermidade adotadas incluem o combate ao inseto, com a aplicação de inseticida no ambiente, o uso de produtos repelentes no cão, a educação da população em relação à posse responsável e controle da natalidade canina e o emprego de medidas de saneamento básico.

Atualmente existem vacinas que protegem os cães, evitando o desenvolvimento e a transmissão da doença.

Informações relevantes sobre a  Leishmaniose Visceral Canina 

A leishmaniose tem vários mitos, o maior deles é colocar os cães infectados como os únicos responsáveis pela disseminação da doença.

O maior problema da doença são as questões socioeconômicas mal resolvidas, desafios diários que o Brasil precisa vencer.

Controlar a leishmaniose implica em acabar com a pobreza do país. Dar qualidade de vida para a população.

Não é justo os animais pagarem o preço.

Profª Dra. Cláudia Bonini

Mestre em Sanidade Animal

Doutora em Medicina Veterinária Preventiva

Caso o seu Pet apresente alguns dos sinais clínicos acima descrito,  procure o seu Médico Veterinário.