Juiz quer descobrir qual fonte ajudou Jornalista em reportagem.
O juiz da 4ª Vara Federal de Rio Preto, Dasser Lettiére Junior, determinou a quebra de sigilo telefônico do Diário da Região, de São José do Rio Preto, e também do jornalista Allan de Abreu.
A decisão determina que sejam fornecidos todos os números de telefones, incluindo celulares, em nome da empresa e do jornalista.
O objetivo seria identificar uma fonte do jornalista, autor de reportagens sobre a operação da Polícia Federal que desbaratou esquema de corrupção na Delegacia do Trabalho em Rio Preto.
A decisão foi classificada como "abusiva" pelo advogado do Diário, Luiz Roberto Ferrari, e remete aos tempos de ditadura militar, segundo sua avaliação.
A medida também foi repudiada por entidades, como Associação Nacional de Jornais (ANJ) e Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).
Juiz Dasser Lettiére Junior: descobrir a fonte
Allan foi indiciado pela Polícia Federal, por determinação do procurador do Ministério Público Federal Álvaro Stipp, por suposto crime de quebra de sigilo judicial em 2011.
DENÚNCIA - O pedido foi por conta de reportagens publicadas pelo jornalista em maio de 2011 sobre a Operação Tamburutaca. Na ocasião, o então delegado regional Robério Caffagni foi preso, afastado do cargo e, no início deste ano, perdeu direito à aposentadoria.
O Diário teve acesso a trechos da investigação e revelou detalhes sobre escutas telefônicas que envolviam funcionários da Delegacia Regional do Trabalho.
O despacho assinado pelo juiz dá prazo de 30 dias para que empresas de telefonia forneçam os números em nome do jornalista e do jornal. O pedido de quebra de sigilo foi feito pela PF, a pedido do MPF.
No início deste ano, o delegado da polícia federal José Eduardo Pereira de Paula havia encerrado o inquérito, mas o procurador Svamer Adriano Cordeiro - que assumiur o caso pediu a quebra de sigilo. " Observo nestes autos indícios de fatos graves a serem apurados.
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