* Bruno Caetano
O líder tem papel fundamental no desempenho de qualquer iniciativa em grupo, incluam-se aí as empresas. Nos momentos difíceis, sua atuação ganha mais importância, principalmente porque cabe a ele determinar eventuais mudanças de rumo. Como em 2016 a economia brasileira continuará derrapando, empreendimentos com boa liderança se colocam em melhores condições de enfrentar o cenário adverso.
O comando precisa ser eficiente e só o será se exercido de forma clara. Orientação não compreendida vira conversa de surdos. Quando o líder se faz entender, a possibilidade de erros diminui consideravelmente.
Além da clareza, é preciso ter objetivos. Não adianta ser didático sem saber aonde se quer chegar. Em época é de crise, faz-se necessário rever planos, definir novas metas e dizer aos funcionários qual o resultado pretendido. Para tanto, é interessante fazer uma análise do ano anterior, levantar erros, acertos, traçar ações corretivas e estratégias. Quando todos estão bem informados, o trabalho passa a ter um sentido mais concreto e as pessoas se envolvem mais.
O líder tem obrigação de conhecer bem seus subordinados. Estar ciente do perfil de cada um, suas qualidades e limitações torna mais fácil delegar tarefas e aproveitar melhor a capacidade dos funcionários. É o caso de colocar as peças certas nos lugares certos.
Obviamente ninguém está imune a falhas. Pode acontecer de o líder tomar uma decisão equivocada. Mas quanto mais preparado estiver, maior a probabilidade de acertar. Por isso, o comandante tem de prezar pelo seu autodesenvolvimento. Não basta dar ordens, é preciso se capacitar para coordenar os outros com base em conhecimentos técnicos, comportamentais, empresariais e humanos.
A relação entre empregador e empregado é um dos pontos vulneráveis dentro de qualquer empresa. Pesquisa do Sebrae-SP chamada Lado A Lado B – Mão de Obra mostra que há problemas de relacionamento das partes na opinião de 63% dos patrões e para 20% dos empregados. Conclui-se daí que aperfeiçoar esse aspecto pode proporcionar melhores resultados.
O verdadeiro líder é, portanto, alguém que entende de pessoas (e reconhece os méritos de cada um), dá exemplo, ensina, incentiva e mostra o caminho. Além disso, tem uma boa leitura do mercado, age com rapidez e passa confiança.
A crise econômica exige atitudes diferentes e põe à prova a capacidade de liderar e propor soluções; quem não perceber isso corre sérios riscos de ter seu empreendimento comprometido.
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* Bruno Caetano é diretor superintendente do Sebrae-SP
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