Lideranças criticam novo corte na Saúde

União corta R$ 4 bi para atendimento de média e alta complexidade
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O novo corte de quase R$ 4 bilhões pelo Governo Federal, no orçamento da área para Atendimento de média e alta Complexidade(MAC) nos municípios brasileiros em 2016, foi criticado por lideranças de Marília e região.

A limitação de recursos ocorre bem no momento em que prefeitos de 62 municípios da regional de saúde de Marília estão organizando uma frente municipal para cobrar mais recursos do governo federal visando o atendimento de qualidade da população.

O Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde(Conasems) divulgou nota de repúdio e indignação ao corte e cita que o financiamento do SUS(Sistema Único de Saúde) historicamente está aquém das necessidades da população e este subfinanciamento tem se tornado fundamental diante dos cortes de recursos no Projeto de Lei Orçamentária Anual(PLOA 2016).

O Ministério da Saúde já havia exposto um déficit de cerca de R$ 5,32 bilhões no Atendimento de Média e Alta complexidade. Agora, com essa nova decisão de cortar mais R$ 3,8 bi, o total chegará a R$ 9,12 bi afetando drasticamente o atendimento da população.

CRÍTICAS

O secretário municipal da Saúde, Danilo Bigeschi, lembrou que Marília investe 27% do seu orçamento na área. “Os municípios estão se esforçando ao máximo para garantir o atendimento de qualidade à população mas é essencial que a União faça a sua parte, o que não está ocorrendo”, destacou.

O governador Geraldo Alckmin, que visitou a região neste fim de semana, afirmou que “sem saúde a população não tem a mínima possibilidade de qualidade de vida. O financiamento da área pelo Governo Federal piorou enquanto a medicina está mais cara e a população idosa aumenta constantemente, exigindo-se um atendimento de qualidade. Lamentavelmente, a União tem deixado a responsabilidade para o Estado e Prefeituras. Classifico como uma grande crise de financiamento da saúde, afetando gravemente a população que mora antes de mais nada nos municípios", afirmou o governador Alckmin.

O diretor Regional de Saúde, Luis Carlos de Paula e Silva destacou que o impacto da limitação de recursos pelo Governo Federal na área da saúde é muito forte. “Lamento que piora a cada mês quando a necessidade de atendimento de qualidade só cresce. A situação é altamente preocupante”, lamentou.

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