Mãe acorrenta filha dependente de drogas

Mulher tem 33 anos e é viciada em drogas há 20. 'Não sei mais o que faço. Tô acabando comigo e com minha família'
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A única maneira encontrada pela dona de casa Augusta Ziquini, em Cachoeiro de Itapemirim, Espírito Santo, para manter a filha em casa foi acorrentá-la. A mulher tem 33 anos e é viciada em drogas há 20. O desespero da usuária é tão grande que ela pede para ser presa em casa, para não dar o mau exemplo aos três filhos. A família busca uma internação.

A mulher, que não será identificada, pede socorro. “Eu não sei mais o que eu faço. Tô acabando comigo e com minha família. Minha filha está uma mocinha e, vendo isso tudo, já está revoltada. Meu pai infartou há uns tempo atrás”, contou.

Pode policial falar que não pode, pode me levar algemada para a delegacia, mas eu coloco. Sou mais dar comida para ela algemada dentro de casa do que vê-la no mundão, pedindo coisas aos outros, se humilhando”, disse a mãe, emocionada.

A usuária conta como é a ausência da droga. “É como se eu tivesse uma sede, uma fome e não pudesse ter água, comida. É uma vontade insuportável. Grita, fala mais forte do que eu. Acabei de pedir para passar a corrente no meu pé de novo. Queria que alguém me ajudasse e me colocasse em uma clínica, pois todas que eu procuro são pagas e eu não tenho condições. Quero e necessito de um tratamento, minha família não tem como pagar”, afirmou a mulher.

O coordenador do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas da cidade orientou que a família procure a unidade para fazer o prontuário de atendimento.

Na unidade, profissionais vão avaliar se o caso da paciente é de semi-internação, ofertado pelo órgão, ou de internação ambulatorial. A família vai levar a jovem ao Caps nesta semana.

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