Médica do HEM alerta para os perigos da depressão e defende presença da família

Organização Mundial da Saúde escolheu a depressão como tema no Dia Mundial
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O Dia Mundial da Saúde será comemorado nesta sexta-feira (dia 7 de abril) e foi criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com objetivo de conscientizar as pessoas sobre a importância da preservação da saúde para ter uma melhor qualidade de vida.

Neste ano, a OMS escolheu a depressão como tema.  “É uma doença que atinge 80% dos pacientes atendidos na ala particular do hospital e, para ajudar na recuperação dessas pessoas, a participação da família é fundamental”, afirmou a médica do Hospital Espírita de Marília, Fernanda Spilla Baralde, que fez pós-graduação em psiquiatria. O HEM mantém uma equipe multidisciplinar, com atendimento também via SUS (Sistema Único de Saúde), com atividades semanais com a participação da família.

Dra. Fernanda Spilla Baralde alerta para os perigos da depressão.

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde, divulgada pelo IBGE e pelo Ministério da Saúde, em 2014, com mais de 60 mil pessoas entrevistadas no Brasil, o índice de casos de depressão é maior entre as mulheres: 10,9% das mulheres contra 3,9% dos homens.

De acordo com as Nações Unidas, estima-se que 350 milhões de pessoas de todas as idades em todo o mundo sofrem com esse transtorno. Por isso, o lema “Let’s talk” (“Vamos conversar”, em português), da Organização Mundial da Saúde reforça que existem formas de prevenir a depressão e também de tratá-la, considerando que ela pode levar a graves consequências.

SINTOMAS – De acordo com a dra. Fernanda Spilla Baralde, a família tem participação importante até mesmo antes do tratamento. É preciso monitorar se alguma pessoa da própria casa passou a sentir apatia, falta de motivação e com preocupação excessiva. “É o que chamamos de extremos: a pessoa não dorme ou dorme demais; deixa de comer ou come muito.  Ela sai do equilíbrio. Isso tudo são sintomas da depressão”, afirmou a médica.

O Hospital Espírita de Marília, que funciona há 68 anos, recebe os pacientes com sintomas de depressão de duas. Via SUS, a chamada “porta de entrada” é no Hospital das Clínicas, onde é feita a triagem pela equipe médica do HC. Além disso, existe a ala particular, onde o paciente é atendido diretamente pela equipe multidisciplinar do HEM que avalia a necessidade ou não de internação.

Em ambos os casos, os pacientes recebem atendimento que inclui terapia ocupacional, terapia com adesão da família (é feita semanalmente) bem como a medicação. “Temos uma equipe multidisciplinar, mas a participação da família é fundamental. Ela também é orientada pela nossa equipe a como lidar com o paciente”, afirmou a dra. Fernanda Spilla Baralde.

PERIGOS – A especialista alerta que a depressão é a principal causa de incapacidade em todo o mundo e contribui de forma muito importante para a carga global de doenças. Além disso, atinge pessoas de todas as idades (atualmente vem crescendo na terceira idade e também entre adolescentes).

A doença pode causar à pessoa afetada um grande sofrimento e disfunção no trabalho, na escola ou no meio familiar. Na pior das hipóteses, a depressão pode levar ao suicídio. Cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano — sendo a segunda principal causa de morte entre pessoas com idade entre 15 e 29 anos. Por isso, a importância de conversar alertamente sobre a depressão. Este é considerado o primeiro passo para entender melhor o assunto e reduzir o estigma associado a ele. Assim, cada vez mais pessoas poderão procurar ajuda.

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