Médico confirma nova amputação de goleiro e explica estado de sobreviventes

A situação do zagueiro Neto segue sendo a que inspira mais cuidados.
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O corpo médico que acompanha a evolução clínica dos sobreviventes brasileiros em Medellín confirmou, nesta quinta-feira (07), que o goleiro Jackson Follmann precisará passar por nova cirurgia de amputação na perda direita. Follmann é uma das seis pessoas que saíram com vida do acidente com o avião da Chapecoense.

Follmann, devido ao acidente, perdeu parte da perna direita. Agora, uma intervenção cirúrgica amputará um pouco mais do mesmo membro.

O médico Marcos André Sonagli, enviado pelo clube catarinense, explicou que a cirurgia de amputação exige consentimento do paciente ou de familiares, por isso não foi realizada antes. Houve limpeza de excessos mortos do local, mas a retirada de osso ocorrerá nesta quinta.

"De três a quatro centímetros a gente vai resetar hoje. O principal ponto é abrir, lavar, tirar toda aquela parte morta [procedimento já feito]... A parte óssea a gente deixou para hoje. Serão de três a quatro centímetros com certeza. Se acharmos que precisa de um pouco mais, faremos", disse o doutor. 

"A perna esquerda e o pé esquerdo [do Follmann] não têm sinais de infecção, verificaremos novamente. O coto de amputação da direita tinha infecção e faremos um novo procedimento agora. Não me adianta ter um coto de amputação com osso infeccionado, porque começará a ter vazamento de pus...", prosseguiu Sonagli. 

Na entrevista, o médico Edson Stakonski detalhou o estado de saúde dos outros sobreviventes. A situação do zagueiro Neto segue sendo a que inspira mais cuidados - o jogador foi o último sobrevivente a ser resgatado, cerca de sete horas depois do acidente, o que é determinante para seu estado crítico. 

Stakonski também ressaltou que, apesar do otimismo com Alan Ruschel, o lateral ainda está em condição de vigilância. Ruschel já anda sozinho, está consciente e conversa no quarto, após ter saído da UTI. Se o jogador mantiver o quadro animador por dois ou três dias, explicou Sonagli, começará a ser preparada sua transferência para o Brasil, a acontecer em voo com condições especiais.

Certo é que as transferências serão individualizadas: "Cada uma a seu tempo", explicaram os médicos. Marcos Sonagli acrescentou: "Uma vez realizada a transferência, ninguém vai direto para casa. Vai para algum hospital, seja em Chapecó, em São Paulo... No Brasil ainda faremos baterias de exames."

Sobre o jornalista Rafael Henzel, o médico diz que "tem tórax estável, pneumonia e contusão. Ele está no quinto dia com antibiótico. Respondeu bem. Os marcadores estão bem. Ele está indo muito bem, mas temos que nos manter alertas, porque tem um problema na caixa torácica. Henzel vai hoje para o centro cirúrgico e vai se reduzir duas luxações no dedo pé. Após isso, irá a uma unidade semi-intensiva".

 

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