Um médico proctologista, de 63 anos, é acusado de estuprar pelo menos quatro pacientes em sua clínica, no Tatuapé, na zona leste de São Paulo, após após cirurgias de hemorroida. O cirurgião está foragido após a Justiça decretar sua prisão.
Uma das vítimas, uma enfermeira de 47 anos, afirmou em entrevista que foi estuprada pelo médico logo depois de ser submetida a uma cirurgia de hemorroida, em agosto do ano passado. “Eu estava ainda grogue, por causa da anestesia. Mas lembro, em flashs, dele me colocando de bruços na maca... Depois de um tempo, vi que ele limpava o pênis em uma pia ao lado da maca.”
Antes do abuso, o médico teria dado mais medicação à vítima. A enfermeira acrescentou que, por causa do excesso de remédios, “apagou” quando chegou em casa, uma sexta-feira, acordando somente no domingo.
“Quando acordei senti uma dor terrível na região do ânus. Fui em seguida na delegacia, para registrar um boletim de ocorrência”. Por ainda trajar a mesma roupa com a qual saiu da clínica, o vestuário foi apreendido por policiais da 5º Delegacia de Defesa da Mulher, no Tatuapé, e enviado para perícia. O resultado, no laudo da calcinha, deu positivo para a presença de sêmen.
Outra vítima do médico, uma comerciante de 46 anos afirma também ter sido abusada sexualmente pelo médico em 6 de junho deste ano, após ser submetida a uma cirurgia de hemorroida.
Após o procedimento, a vítima “acordou com muitas dores no ânus e vagina”. As dores duraram por cerca de uma semana.
A comerciante fez três retornos após a cirurgia. Durante um deles, o médico teria encostado o pênis nas nádegas da mulher. “Ele ainda apalpou minhas nádegas com o pretexto de ajudar a subir na maca”.
Ela acrescenta que o médico, “em todos os exames”, cortava o dedo indicador da luvas. Em nota, o Cremesp afirmou investigar o cirurgião, “sob sigilo determinado por lei”. (com informação O Metrópoles)
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