Menino que viveu dois anos na UTI em Marília vai à escola pela primeira vez

Yuri tem quatro anos e teve meningite. Ficou dois anos na UTI do Hospital Materno Infantil.
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A semana foi marcada pelo início das aulas para milhões de crianças em todo o Estado, mas para uma família de Tupã (a 75 km de Marília), esse foi um momento mais do que especial. Com quatro anos, o primeiro dia de aula foi um desafio para Yuri Carvalho, que passou metade de sua vida internado na UTI pediátrica no hospital Materno Infrantil, em Marília.

Yuri teve meningite quando tinha dois meses de idade, ficou em coma durante 15 dias, e passou dois anos internado na UTI pediátrica do hospital. A doença deixou sequelas no diafragma e para respirar era necessária a ajuda de aparelhos. O menino deixou o hospital em maio de 2014 e também se livrou do respirador, mas não deixou de ser vigiado de perto pela mãe.

Yuri com os demais colegas de classe

Pela primeira vez na escola, Yuri não esconde a empolgação, mas, a mãe do menino, Regiane Carvalho, foi momento de muita apreensão. “É coração de mãe, é o instinto de proteção por tudo que ele passou, mas ele tem que ter esse convívio com as crianças, por isso que eu vou levar, então nesse ponto eu estou preocupada, mas com a escola eu estou tranquila", afirmou.

Em sala de aula, a presença de Yuri se tornou um momento especial para os demais alunos e professora. E não demorou muito e ele já é cercado pela criançada (na classe são 15 alunos). “Aos olhos das outras crianças ele é uma criança normal. Esse lidar com amor, com carinho, acredito que deve interiormente potencializar todos os saberes, as competências dele, para gente poder aproveitar o que ele tem e dar uma nova dimensão a essa aprendizagem do Yuri”, explica a coordenadora pedagógica da escola Roseli Bonilha.

Para mãe, agora é hora de deixá-lo seguir essa nova etapa. “Ele vai aprender a brincar, a ficar com as crianças, a se desligar da mãe. Acho que é mais fácil para ele do que para mim, mas tem que ser feito e acho que agora eu consigo ir embora um pouco mais tranquila”, diz Regiane. Fonte/fotos: G-1/Bauru-Marília.

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