O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Marília e Região anunciou hoje à tarde o fechamento de um acordo com o setor patgronal para redução da jornada de trabalho e também de salários. O motivo é a pandemia do novo Coronavírus que afetou diretamente o setor econômico.
De acordo com o presidente do sindicato, Irton Siqueira Torres, um dos acordos foi fechado com a Indústria Sasazaki, uma das maiores do segmento metalúrgico na região, com cerca de 400 trabalhadores.
A segunda empresa de grande porte, no segmento, a adotar medidas com base na MP 936 editada para tenta salvar empregos foi a PPA, de Garça que já havia feito acordos individuais. Em todos os casos, o sindicato deve ser comunicado em até 10 dias.
A Garen, da cidade de Garça, fechou acordo de redução de jornada para 300 funcionários, com duração de dois meses. A GME também de Garça, com 120 funcionários, também reduziu jornada e salário. Por último o Sindicato fechou acordo de redução de jornada e salário com a empresa IKEDA que tem em torno de 130 funcionários.
Sem desemprego
Segundo o sindicato, cerca de 680 empresas estão na abrangência da entidade, a maioria pequenos e médios negócios. Irton nega que esteja havendo desemprego em massa no setor metalúrgico.
Segundo ele, sem impedimentos para funcionar, o segmento está sendo impactado pelo isolamento social, pela onda de temor no futuro e pela redução das vendas, mas não há demissões coletivas.
Como funciona
Nos acordos de redução de jornada, os empregadores e funcionários podem aderir à redução por um prazo máximo de 90 dias e a empresa se obriga a não demitir por igual período, após o fim da redução. Os patrões pagam o valor correspondente à jornada cumprida e o governo completa, com as regras do Seguro Desemprego, explicou Irton (foto).
Já na suspensão dos contratos, o trabalhador fica em casa, tendo 70% do salário pago pelo governo e 30% pelo empregador neste caso a empresa que teve um faturamento maior que 4 milhões e oitocentos mil em 2019 e o faturamento foi menor o governo paga o valor do seguro desemprego. O prazo é de 60 dias, também com garantia de emprego por igual período, após o retorno ao trabalho.
Em ambos os casos, porém, o valor da compensação, não pode ultrapassar o teto do Seguro Desemprego (R$ 1.813,00), por isso as regras mudam para as faixas salariais mais elevadas. Os benefícios e participação governamental também variam de acordo com o porte da empresa.
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