O Ministério Público (MP) pediu para que seja suspensa a liberação do mosquito Aedes Aegypti geneticamente modificado, que não pica e nem transmite a dengue, e instaurou um inquérito que apura detalhes sobre o projeto piloto contratado pela Prefeitura de Piracicaba (SP). A cidade seria a primeira do estado de São Paulo a usar o método no combate à doença. A Secretaria de Saúde informou que vai respeitar as recomendações.
De acordo com a Promotoria, a biotecnologia será aplicada em caráter experimental e ainda não tem regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O inquérito foi aberto na sexta-feira (13), após uma representação do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Comdema) para impedir a liberação do mosquito transgênico e pedir uma investigação sobre a eficácia do método.
Segundo a presidente do conselho, Sônia Cristina Ramos, a tecnologia não deu resultados convincentes na cidade de Jacobina (BA) e em outros municípios onde foi aplicada. O projeto tem o objetivo de lançar filhotes machos produzidos em laboratório, chamados de “Aedes do Bem”, para reduzir o número de mosquitos transmissores, já que as crias dos "transgênicos" com as fêmeas selvagens não chegarão à fase adulta.
A liberação estava prevista para abril apenas no bairro Cecap, onde há maior incidência de casos de dengue no município.
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