O empresário e jornalista J. Hawilla morreu na manhã desta sexta-feira (25), aos 74 anos, em São Paulo. Ele estava internado desde segunda-feira (21) no hospital Sírio Libanês, com problemas respiratórios. Ele deixa esposa, três filhos e seis netos.

Fundador da TV TEM, com afiliadas da Rede Globo em Sorocaba, Rio Preto e Bauru (com sucursal em Marília) e criação da emissora em Itapetininga, o empresário estava envolvido no caso de corrupção na Fifa, sendo um dos delatores do esquema de propinas na CBF e Conmebol.

Ele confessou ter feito parte de um grupo de empresários que pagava propinas a dirigentes de futebol e decidiu colaborar com as investigações da Justiça dos EUA. J. Hawilla retornou ao Brasil no início de fevereiro, depois de ter sido mantido em prisão domiciliar nos Estados Unidos desde abril de 2014.

Descendente de libaneses, Hawilla começou na carreira de jornalista na década de 60, como repórter esportivo. No início dos anos 80, virou empresário e comprou a Traffic, que fazia publicidade em pontos de ônibus de grandes cidades, tornando-a depois a maior agência de marketing esportivo do Brasil.

Além de ser dono da TV TEM, Hawilla foi proprietário também da rede de jornais Bom Dia (também com uma unidade em Marília), e do Deportivo Brasil, clube de futebol de Porto Feliz, vendido posteriormente para um grupo chinês.