Morte no rodeio em Marília: DIG assume investigação e PM segue internado

Compartilhe:

Segunda vítima escapou da morte por muito pouco

A DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Marília está sendo responsável pelas investigações sobre o crime ocorrido durante o rodeio neste fim de semana em Marília. O policial militar de folga, que fez os disparos, segue internado no Hospital das Clínicas. A segunda vítima dos tiros escapou da morte por questão de centímetros: o projétil atingiu de raspão entre o pescoço e o maxilar.

A confusão ocorreu na madrugada de sábado, quando estava sendo realizada a segunda noite do Marília Rodeo Music. A cantora Lauana Prado já estava se apresentando no palco quando ela ouviu os tiros e imediatamente parou de cantar, buscando se abrigar.

Na arena, a correria era grande com a plateia tentando se proteger, a maioria sem entender o que estava acontecendo. A confusão envolvia, na verdade, apenas o PM Moroni Siqueira Rosa, de 37 anos (trabalha em Bauru) que disparava sua pistola contra Hamilton Olímpio Ribeiro Junior, de 29 anos (foto), que chegou a ser socorrido e encaminhado ao HC, mas não resistiu.

PM é fotografado bebendo

Como em todo evento, é comum as pessoas serem fotografadas até para sair posteriormente nas redes sociais. Em pelo menos duas delas, o policial militar envolvido foi flagrado com uma lata de cerveja na mão e com o rosto "fechado" (foto), como se estivesse se sentindo incomodado com o registro feito. 

De acordo com a Polícia Civil, na confusão, ele efetuou pelo menos seis disparos. Ainda não há informação oficial se ele usava a arma da corporação (normalmente uma pistola .40).

Após os tiros, Moroni Siqueira Rosa foi cercado por dezenas de pessoas que conseguiram desarmá-lo, sendo violentamente agredido. Seguranças particulares efetuaram a prisão. Ele foi socorrido e segue internado.

O advogado do PM disse à TV TEM que  a motivação da briga não foi exclusivamente sobre espaço. "A briga começou por atitudes inconvenientes do senhor Hamilton, que estava lá assistindo o show, como queda de cerveja, esbarrões, batendo o chapéu em crianças que estavam ali ao redor", afirmou.

Afirmou ainda o advogado que o PM, ao tentar adverti-lo sobre o comportamento, recebeu um soco na boca de Hamilton. Nisso, sacou a arma, se identificou e a vítima teria "ido para cima" dele, tentando tomar a sua arma, ocorrendo os disparos. A perícia vai indicar se a vítima foi atingida pelos tiros  pela frente ou pelas costas.

Escapou da morte

Além de Hamilton Olímpio Ribeiro Junior (ele morava em Vera Cruz e foi sepultado ontem naquele município) os tiros também causaram ferimentos em outra vítima. Trata-se de um publicitário. Ele contou à TV TEM que ao presenciar a confusão, correu para avisar as amigas que o acompanhavam. Ao se virar para ver o tumulto, continua, sentiu apenas um arranhão.

Quando percebeu que também havia sido atingido, recebeu ajuda das amigas e procurou socorro diretamente à um dos hospitais da cidade.

A Frente Parlamentar dos Rodeios emitiu uma nota no final da manhã deste sábado lamentando o incidente“Nos entristece ainda mais o fato de que este ato foi cometido por um policial da ativa e em seu horário de folga, treinado para lidar com situações adversas, mas que, em um momento de descontrole, durante um evento festivo, utilizou sua arma de forma letal contra outro jovem, em meio à multidão, por um motivo fútil e irrelevante, um ato de violência inaceitável”.

 

Receba nossas notícias no seu celular: Clique Aqui.
Envie-nos sugestões de matérias: (14) 99688-7288

Desenvolvido por StrikeOn.