Mudança do prédio da Biblioteca causa polêmica

Críticas: novo prédio está localizado em rua de muito movimento e difícil acessibilidade. Prefeitura garante que mudança será positiva.
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Após mais de 40 anos funcionando na avenida Sampaio Vidal, até o final deste mês a biblioteca municipal "João Mesquita Valença" deve passar a atender oficialmente em novo endereço. Mas, a mudança está causando muita polêmica e resistência em diversos segmentos e até na Câmara Municipal. O novo local é considerado inadequado, barulhento e de difícil acesso. Mas, a Prefeitura se defende e garante que essa mudança será positiva.

Prédio antigo da Biblioteca: problemas na estrutura.

Com um acervo composto por mais de 20 mil unidades e quase 10 mil sócios, desde 1974 a Biblioteca Municipal funciona na avenida Sampaio Vidal, 245, próximo ao Paço Municipal e num local de fácil acesso. Mas, de acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura, o prédio apresenta muitos problemas na estrutura.

De acordo com o secretário André Gomes, “a Biblioteca estava abandonada e esquecida pelos governos anteriores. As paredes com infiltrações, os mobiliários danificados e há 11 anos o município não adquiria um único livro novo para incentivo à leitura. A mudança envolve questões administrativas e técnicas, o prédio da Sampaio Vidal também não possui estrutura para ar condicionado, necessário à conservação do acervo”.

NOVO LOCAL - Mas, além da mudança de prédio, o novo local está enfrentando ainda mais resistência. Locado por R$ 9 mil (onde funcionava a lojas Milani), o  imóvel está situado na rua São Luiz (esquina com a Rua São Carlos) no chamado "centro comercial" da cidade, onde há um fluxo muito grande de veículos e não há linhas de ônibus, acessibilidade nem espaço para parada de ônibus escolares.

Novo local seria mais adequado, garante Prefeitura.

Mas, a Prefeitura garante que a nova estrutura terá vantagens: são 850 metros quadrados para criação de um "novo modelo" de biblioteca. No piso superior, estará o acervo de literatura nacional e internacional, escritores marilienses e livros infantis, juvenis, braile, gibiteca.

Os livros ficarão expostos como numa livraria e com área para leitura de jornais e revistas, livros didáticos e paradidáticos, Programa Agenda Cidadã, sala estudo individual ou em grupo.  Banheiros feminino e masculino. No piso térreo, está a recepção, holster, balcão de empréstimo centralizado, banheiros e cabine para braile.

COMPLEXO CULTURAL - Ainda de acordo com a nota oficial, o prédio "antigo" da biblioteca deverá abrigar um "complexo cultural": Secretaria da Cultura, o Museu Pedagógico e também a Galeria Municipal de Artes (representará uma economia de R$ 11 mil).

Mudança deve ser concluída dentro de 15 dias.

O prédio passará por uma reforma e o término das mudanças está previsto para final de junho e início de julho. O secretário da Cultura admitiu que o assunto causa polêmica, mas não pretende mudar de opinião: "vivemos numa sociedade democrática e reconhecemos que a mudança gera resistência. Não temos a pretensão de receber apoio total, mas temos convicção que a sociedade ganhará muito à medida que a secretaria apresentar resultados ao longo dos quatro anos dessa gestão”.

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