Não obrigue as crianças a beijar os adultos: elas têm o direito de decidir com quem se relacionar

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As manifestações de afeto devem ser sempre espontâneas, não ditadas por convenções ou imposições. Isto é ainda mais verdadeiro para as crianças que não têm os filtros e as estruturas sociais dos adultos e devem ser capazes de se comportar de forma independente, decidindo por si mesmas como e para quem se abrir mais.

Psicólogos alertam sobre os riscos de forçar uma criança a beijar alguém ou ter atitudes que elas sozinhas não teriam.

Quantas vezes os pais empurram seus filhos um pouco relutantes em cumprimentar parentes ou conhecidos dizendo coisas como "dá um beijo na tia" ou "abrace o seu avô", etc.

Não é apenas timidez ou falta de sociabilidade, porque, nesse momento, a criança está fazendo uma escolha precisa na forma como ela administra confiança e intimidade por meio do contato físico. É a opinião de muitos especialistas que forçar os pequenos a demonstrar afeição quando eles não têm o estímulo ou o desejo é uma espécie de violação de seus espaços.

Para ajudar os pequenos a proteger seu corpo e sua dimensão emocional, mostrando-se ainda educados com os outros, você pode ensiná-los a dar a mão, "dar um soquinho"  de uma forma agradável. Desta forma, a criança poderá seguir seu próprio ritmo de adaptação pessoal, sem ofender as sensibilidades das pessoas.

A prioridade deve ser sempre o bem-estar de seus filhos, por isso devemos fazê-los entender que ninguém pode forçá-los a se deixarem tocar se isso os incomoda. Uma criança sabe por si mesma quando deixar ir para uma maior intimidade física, e fará isso espontaneamente na hora certa.

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