Daniel Alonso *

Muitas pessoas me indagam, principalmente quando me encontram na rua, sobre a minha visão de liderança. De imediato, ao ser questionado sobre o assunto, enfatizo que o líder é aquele que enxerga na frente. Mas explico, que, acima de tudo, líder é aquele que serve. A maior liderança, a liderança agregadora e que faz a transformação, é a liderança servidora.

Os grandes homens da humanidade, os homens que realmente transformaram a Terra e que até são exemplos que inspiram dezenas de nações, foram líderes servidores. Jesus Cristo, o maior deles na minha opinião, sintetiza a liderança servidora. Nelson Mandela, que antes de se tornar um dos mais influentes presidentes do mundo, amargou por quase 30 anos uma vida no cárcere, consiste em outra liderança servidora.

E o que fez estas e outras grandes personalidades transformarem o mundo foi exatamente o conjunto de atitudes de boa vontade. Sempre digo que existem pessoas que nos cercam: uma são asas outras são âncoras. As asas nos elevam para cima e, as âncoras, nos mandam para baixo.

Recentemente, ao receber um e-mail, li que, se analisarmos as biografias dos grandes gênios, pessoas que deram suas contribuições em áreas tão significativas como a religião, a política, o esporte e a cultura, e no meio empresarial, notaremos que muitas delas tiveram a origem em seus impulsos em alguém que depositou muita fé e esperança em seu potencial.

Certamente, se estas pessoas não tivessem contado com a confiança de um tutor, dos seus pais, de um professor ou de um chefe, provavelmente os gênios não tinham se revelado para o mundo.

É comum notarmos que na trajetória de vidas dos gênios ocorreram enormes renúncias. E renúncias não quer dizer fracasso ou derrota. Renúncia não é sinônimo de perda. Renúncia é sinônimo de amor, de humildade e de sabedoria. Quando nós conseguimos compreender que não podemos ter tudo que queremos, no tempo em que queremos, nos tornamos mais felizes e vivemos mais alegre e em paz.

Isto é compreender o quanto a renúncia traz benefício para nossas vidas. Quantas vezes, certamente, Nelson Mandela não teve que renunciar para conseguir conviver com as agruras do cárcere? Imagino que um homem com o espírito dele, trancafiado numa cela e passando por tanta humilhação, só superou isso tudo porque soube renunciar. Mas soube, acima de tudo, servir e agir no momento certo.

Desejo a todos um bom domingo e ressalto que um verdadeiro líder é aquele que serve, que busca fazer o bem comum e que se coloca de modo ativo para solução de problemas e na busca da eficiência.

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* Daniel Alonso é empresário, diretor da Casa Sol e presidente da Federação das Associações dos Comerciantes de Materiais de Construção do Estado de São Paulo (Fecomac São Paulo)