Internet banda larga em todo lugar, redes sem fio nos restaurantes, smartphones com câmera integrada e games com gráficos realistas... Se tudo isso faz parte de nossas vidas atualmente, a verdade é que dez anos atrás as coisas eram bem diferentes. Pois é, voltando apenas uma década no tempo nós podemos nos lembrar de que boa parte dos eletrônicos não se parecia com o que temos hoje.
Mas o que era preciso para ser “tecnologicamente feliz” naquele tempo? Quais eram as tendências tecnológicas que mais arrastavam multidões para as lojas em 2005? Se você não consegue se lembrar, está na hora de conferir uma rápida retrospectiva que trouxemos. Certamente você vai se lembrar dos gadgets que separamos nesta seleção incrível. Está preparado para voltar no tempo?
1. Smartphone? Só se rodar Snake
Hoje, com nossos celulares podemos tirar fotos, enviar emails, acessar a internet e executar games com gráficos muito avançados. Mas dez anos atrás isso ainda era um sonho muito distante. Os navegadores de internet integrados aos telefones portáteis eram bem precários e quase não existiam funções multimídia nos aparelhos — além de reprodução de MP3 e câmeras muito inferiores às atuais.
Em 2005, os celulares mais vendidos no Brasil eram da Nokia, e isso significa que aparelhos como o 2280 fizeram muito sucesso. A empresa da Finlândia entregou mais de 260 milhões de gadgets no Brasil naquele ano. Em resumo, games como Snake faziam a cabeça dos consumidores e levavam muitos deles a optar por um ou outro aparelho nas lojas.
2. Internet: esperando até meia-noite
No final de 2014, mais de 140 milhões de pessoas tinham acesso à internet banda larga no Brasil, o que representa uma grande quantidade de brasileiros com conexões de alta velocidade. Mas você consegue imaginar qual era o número de conexões desse tipo dez anos atrás? A resposta é bem menor do que muitos imaginam: menos de 5 milhões de casas possuíam acesso.
Isso significa que a grande maioria das pessoas tinha que navegar pelos sites da internet com conexões discadas de baixa velocidade. Em resumo, redes instáveis e lentas que eram usadas para compartilhamento de arquivos, navegação, acesso ao MSN Messenger, ao IRC, Orkut e a tantos outros serviços que deixaram saudade.
3. As câmeras digitais
Apesar de os celulares começarem a ganhar câmeras digitais nesse período, ainda era muito caro optar por esse tipo de produto. Por isso, em 2005 as fotografias eram feitas — na maior parte do tempo — por câmeras digitais compactas “Point and Shoot”. E sabe qual era a resolução que a maioria dos consumidores procurava nos produtos? Acertou quem disse “3 megapixels” — mais que isso era muito luxo.
Apesar de não ouvirmos mais falar sobre a Olympus, esta era uma das marcas mais vendidas no mercado internacional. Junto com ela, a Sony conseguia números impressionantes com as câmeras CyberShot. Pode parecer engraçado, mas grande parte das câmeras compactas lançadas dez anos atrás tinha menos de 32 MB (isso mesmo, megabytes) de memória interna, e isso era mais que suficiente.
4. O hardware do seu PC
Você consegue imaginar um computador que possua uma placa de vídeo com apenas 256 MB de memória gráfica e clock de 980 MHz sendo considerado um PC Gamer? Pois é exatamente isso o que acontecia em 2005, quando a placa gráfica ATI Radeon X800 XL era considerada a top de linha do mercado. No mesmo ano, o processador mais poderoso era o AMD FX57, que foi considerado o chip single-core mais rápido daquele tempo (2,8 GHz).
Foi somente em 2006 que a Intel lançou os primeiros processadores da linha Intel Core (na época, ainda longe de ser “dual” ou “quad-core”). Como você pode perceber, há uma grande diferença no hardware de um computador top de linha de 2005 e um atual. Será que aqueles PCs ainda rodariam alguns jogos ou é melhor nem arriscar?
5. O ano do PSP
O PSP (PlayStation Portable) foi lançado em 2004 no Japão, mas somente no ano seguinte foi levado para a América. Ou seja, dez anos atrás foi quando o console portátil da Sony explodiu e deixou gamers de todas as idades com aquela famosa “coceirinha na mão”. Mesmo com a biblioteca ainda pouco extensa na época, ele fez bastante sucesso.
Vale lembrar que o PSP foi lançado seis anos depois do PlayStation 2 e era uma das grandes apostas da Sony para o mercado. A grande quantidade de funções multimídia do portátil também ajudou a fazer com que ele se tornasse um grande nome a ser cobiçado em todo o mundo.
6. Quem quer ter um MP3?
Já dissemos que os celulares vinham com poucas funções multimídia. Os que tocavam MP3 raramente tinham espaço suficiente para o armazenamento de muitos arquivos, e isso significa que os grandes vencedores do mercado eram os MP3 Players. Mais baratos do que os iPods e mais portáteis do que CD Players (discman), eram os pequenos reprodutores de áudio que faziam a alegria dos consumidores.
Em 2005, boa parte dos modelos disponíveis contava com 256 MB ou 512 MB de memória interna, o que garantia centenas de canções armazenadas. Também já era possível encontrar alguns MP4 Players (que também tocavam vídeos), mas eles estavam em passos mais lentos no mercado, devido aos altos preços.
7. Pendrive não era tão banal
“Alguém tem um pendrive pra emprestar?”
Se alguém fizer essa pergunta hoje, é possível que vários deles sejam oferecidos, mas nem sempre foi assim. Dez anos atrás, boa parte das pessoas ainda carregava seus trabalhos e relatórios em disquetes ou CDs. O uso de unidades USB ainda estava caminhando lentamente e muitas máquinas mais antigas nem possuíam conexão para esse tipo de tecnologia — que hoje é tão banal.
Isso significa que muitos consumidores que tinham pendrives naquela época eram considerados avançados. Assim como acontecia com os MP3 Players, a capacidade de armazenamento também não colaborava muito para a expansão do mercado. Vale lembrar ainda que muitos usavam os próprios players de mídia para armazenar outros tipos de documentos.
8. Gravador de DVD
No tópico anterior, falamos que muitos usuários de tecnologia levavam trabalhos para a faculdade em CDs comuns. Os gravadores de CD já eram bem populares na época e muitos deles eram vendidos como “combos” — leitor/gravador de CD e leitor de DVD em um mesmo drive óptico.
Mas também já havia um pequeno número de consumidores com acesso aos gravadores de DVD. Apesar de isso ser pouco usado em 2005, já naquele ano o drive era desejado por grande parte dos consumidores. Ou vai dizer que você não se lembra de comprar DVDs “virgens” para o seu melhor amigo copiar algum disco que você queria muito?
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Você se lembrava de todas as tecnologias que apresentamos aqui? Será que você quis muito alguma delas em 2005 ou até mesmo um pouco depois? Conte para nós qual é a sua favorita entre as que estão na nossa seleção.
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