Entidade vai completar 11 anos de funcionamento.
Próximo de completar 11 anos de funcionamento (em abril), tendo atendido neste período cerca de 1.200 animais, a ONG GARRA (Grupo de Apoio, Resgate e Reabilitação Animal) de Marília corre o risco de ser despejada, a qualquer momento, do sua abrigo, onde atende atualmente cerca de 50 cães. É que a proprietária do imóvel não quer mais renovar o contrato e até agora os voluntários não conseguiram uma nova área para continuar o trabalho voluntário.
A falta de um novo local para atendimento dos animais é apenas um dos problemas enfrentados pela ONG. De acordo com a presidente, Sheila Girotto, não existe apoio do poder público e até hoje a entidade só funciona graças a ajuda financeira de apoiadores e também do trabalho de muitos voluntários. "Nossos apoiadores são pessoas que amam os animais, confiam no nosso trabalho", enfatizou Sheila.
Todos dias, voluntários da ONG se revezam para garantir o atendimento aos animais do abrigo.
O risco de despejo é iminente, lamentou a presidente. Ela e os demais voluntários correm contra o tempo a procura de um novo local para instalação do abrigo que deverá ser uma chácara ou imóvel mais afastado. "Depois disso, ainda teremos que montar toda a estrutura, como construção novamente das baias e locais de apoio, o que será uma grande despesa", afirmou. Quem puder ajudar basta deixar manter contato pelo telefone (14) 99827-7874 (WhatsApp).
Atendimento com carinho
O Visão Notícias esteve conhecendo o trabalho realizado pela ONG GARRA, no abrigo que está localizado numa modesta chácara no distrito de Padre Nóbrega, na zona norte da cidade. Aliás, o endereço nem é divulgado porque há o risco de se tornar "depósito de animais" que são abandonados por inescrupulosos, lamentou Sheila.
Os animais são divididos por baias (cada uma delas com no máximo três animais), recebendo tratamento que envolve alimentação, vacinação, cuidados veterinários (com apoio de clínicas particulares), além de serem castrados e vermifugados.
Os animais recebem muito carinho, tanto que atendem pelo nome. Todos os dias as baias são limpas, momento em que ganham a liberdade (foto), ou seja, são soltos no espaço de grama da chácara, aproveitando o tempo para se exercitar e tomar sol. Mas, quando o local está limpo, retornam rapidamente. Assim, outros amiguinhos terão condições de passear também.
A maioria gosta do carinho que recebe de visitantes e retribuem lambendo as mãos, abanando o rabinho e até arriscando dar pulos de alegria.
Todavia existem alguns que, pelos maus tratos que sofreram dos antigos tutores, ainda não conseguem entender que essas "pessoas estranhas" são amigas. Por isso, são resistentes até mesmo a um simples afago ou palavras carinhosas.
Nestes casos, só aceitam mesmo aqueles integrantes da ONG que estão diariamente no local. "Temos que entender essas reações. Eles já sofreram muito", explicou a presidente da entidade.
Desde a pandemia da Covid-19, foram recolhidas mais de 30 cadelas prenhes que receberam atendimento. Quase todos os filhotes foram doados. Mas, as mães e os demais permanecem no abrigo até hoje, assim como alguns que foram devolvidos pelas pessoas que fizeram a adoção.
Sheila desabafou: "é muito importante a divulgação para que as pessoas saberem que não temos ajudar de órgãos públicos e que somos voluntários sem ganhar nada monetário por esse trabalho. Fizemos isso por amor e não por obrigação", enfatizou.
O que é a ONG GARRA?
A ONG GARRA de Marília tem como finalidade principal ações de caráter filantrópico e de assistência social, voltadas para o alcance dos seguintes objetivos: impedir e reprimir atos de crueldade contra animais, garantir que os direitos dos animais sejam observados e cumpridos, proteger e amparar, dentro das possibilidades, aqueles que estejam em situação de risco após abandono, negligência ou maus tratos, bem como encaminhar os animais resgatados para novos lares.
Voluntário dando banho nos animais do abrigo. Todo apoio é fundamental para garantir o atendimento.
A quase totalidade são animais já com idade adulta e alguns até já avançada, ou seja, dificilmente conseguirão um novo lar. Por isso, caso a ONG não consiga um novo abrigo, correm o risco de irem para a rua, lamentou a presidente.
Quem quiser conhecer os animais para adoção consciente basta procurar os voluntários da ONG. Mais informações sobre os projetos desenvolvidos pela ONG Garra, clique AQUI.
Doações:
- garra.marilia@gmail.com
- Caixa Econômica Federal - Agência: 1205 Conta corrente: 1460-7 op 003
- Pix: 20.661.830 0001.77 - CNPJ direto do Garra
Envie-nos sugestões de matérias: (14) 99688-7288