Operação da PF: deputado Camarinha quebra silêncio e ataca adversários políticos

Parlamentar afirma que "delatores" da operação Miragem teriam interesses políticos para prejudicar campanha de seu filho, Vinicius, à reeleição.
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Dez dias após a Polícia Federal realizar a segunda fase da Operação Miragem, com o fechamento do Jornal Diário (na primeira fase já haviam sido lacradas as duas emissoras do grupo), o deputado Abelardo Camarinha rompeu o silêncio e atacou adversários políticos, chamando-os de "delatores" da PF apenas com objetivo de prejudicar a campanha de Vinicius Camarinha à reeleição como prefeito de Marília.

Segunda fase da operação: fechamento do jornal Diário.

A nota oficial (em forma de "release" - texto à imprensa), o parlamentar afirma:

"No último pleito em 2016, quando faltavam apenas quarenta dias do dia das eleições, ocorreu uma forte ação policial na CMN com metralhadoras, roupas de campanha e outros apetrechos que são usados em operações contra o narcotráfico e assaltos a bancos. Ação esta que gerou grande inquietação e dúvidas no povo e eleitorado. Resultado do pleito eleitoral: Vinícius perdeu por 1%. Ou seja, o objetivo foi alcançado. A Justiça que autorizou a Operação, pediu rigoroso sigilo e discrição no devido cumprimento das ações, mas, estranhamente, isso não ocorreu", diz o texto.

OS DELATORES - De acordo com o deputado estadual, os delatores seriam o jornalista José Ursílio e o ex-vereador Eduardo Nascimento: "Dois candidatos a vereador na chapa de Daniel, sendo eles José Ursílio e Eduardo Nascimento, notórios adversários da família Camarinha. Eduardo foi nomeado secretário de Esportes (fatura paga) e José Ursílio, como usa diploma falso, quer nomear o irmão dele subprefeito na Fazenda do Estado".

Acrescenta Abelardo Camarinha: "Para lembrar: em 2014, nas eleições pra deputado, uma denúncia por escrito com esse mesmo conteúdo foi feita por um acionista da CMN, que logo em seguida declarou à Justiça que o fez porque recebeu R$ 50 mil de um político que foi eleito em Marília. Quem pode garantir que a delatora, desta vez, Sandra Mara, não participou desse mesmo esquema político?".

No texto final da matéria, o deputado estadual acrescenta:

"Como os leitores e a população podem observar, todas essas declarações têm cunho eleitoral e são feitas as vésperas das eleições, sempre patrocinadas por adversários políticos e alardeadas pela mídia marrom.

Por isso, Camarinha confia na lei e na Justiça. Lembrando que qualquer delação deve vir acompanhada de provas. Palavras o vento leva.

O deputado comentou que em 60 anos de vida, nunca viu ou soube que um jornal e rádios foram fechados por essas razões, atropelando a liberdade de imprensa e o estado democrático de direito".

"FALCATRUAS" - O portal Visão Notícias procurou os dois políticos citados pelo deputado Camarinha. O ex-vereador e atual secretário de Esportes, Eduardo Nascimento, não foi localizado. Já o jornalista José Ursílio divulgou neste sábado à tarde uma nota oficial:

José Ursílio se defendeu dos ataques.

Se pudesse, seria delator, para acabar de vez com esse psicopata. O que Camarinha deve fazer é responder pelas falcatruas na CMN, porque Polícia Federal e Procuradoria da República reuniram provas e ele vai ser indicado pelos crimes.

Como sempre ele cria factoides. Faz discursinho político que não cola mais, tenta dissimular a verdade e atacar e caluniar a tudo e todos e por isso a Federal fechou rádios e jornal.”

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