A menina Maria Yloa Gomes Tenorio dos Santos, de 4 anos, que morreu após cair do oitavo andar na segunda-feira (7), morava no prédio há cinco meses por conta de uma decisão da família para protegê-la, de acordo com depoimento do pai.
O homem declarou que a família vivia em uma casa e se mudou porque considerava o apartamento mais seguro para ela. Na casa anterior, a criança teria subido na escada, dito que “queria voar” e se atirado.
“Na ocasião ela não chegou a se lesionar, mas ficamos preocupados e por esse motivo nos mudamos para o apartamento, todas as janelas possuíam tela de proteção, com exceção da janela do banheiro, de onde ela caiu”, declarou o pai.
Maria Yloa é a caçula de três filhas e subiu até o basculante do banheiro após a mãe sair do local para atender a porta. A principal hipótese da Polícia Civil é que, nesse intervalo, a menina subiu no vaso sanitário, escalou por duas prateleiras e caiu da janela.
Os policiais falaram com a mãe da criança, que tem 41 anos e é corretora. Em estado de choque e medicada, ela relatou que estava preparando a filha para ir para a escola, quando um cliente ligou avisando que passaria para pegar a chave de um imóvel.
Segundo o depoimento, a mãe deixou Maria Yloa brincando no banheiro, desceu, retornou cerca de cinco minutos depois e já não encontrou a filha. No início, pensou que a criança “tinha se escondido como gostava de fazer”. Sem conseguir encontrá-la, “passou a se desesperar e começou a gritar no prédio”.
Vizinhos ajudaram a mãe da criança a fazer buscas no condomínio. Maria Yloa foi encontrada caída no jardim. Na delegacia, o pai contou que estava no trabalho quando ficou sabendo, por telefone, que a filha havia caído. “Sua esposa sempre cuidou muito bem das crianças e sempre foi muito protetora”, disse.
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